PEGADINHA DO MALANDRO
O cristianismo classificou os pecados em perdoáveis e em capitais. Os primeiros só são absolvidos, caso o pecador se confesse. Os demais... não sei! Acho que estão condenados ao fogo do inferno. Vejamos, então, o que, quantos e quais são esses últimos.
Uma pesquisa rápida na Wikipédia informa que eles são “uma classificação de vícios usada nos primeiros ensinamentos do cristianismo para educar e proteger os seguidores crentes, de forma a compreender e controlar os instintos básicos”. Em número de sete, eles são os seguintes: arrogância (ou orgulho, extravagância, soberba); inveja (ou cobiça); ira; preguiça; avareza (ou ganância); gula; e luxúria.
Isso significa que toda vez que você se acha melhor do que os outros; fica se “roendo” de raiva porque alguém é ou tem o que você não é ou não tem; não consegue conter sua raiva; deita o corpo e se esquece da vida; é “mão de vaca”; come mais do que deveria; e/ou adora fornicar... Você é candidato a ir para o andar de baixo!
O antídoto para esses sete pecados são, respectivamente, sete virtudes: humildade (ou modéstia), caridade, paciência, diligência, generosidade, temperança e castidade. Não entendi bem por que a “caridade” combate a “inveja”, mas se escreveram isso, deve ser!
Então, quem não quiser virar churrasquinho do capeta, é melhor dar um jeito de “baixar a bola” ou “descer do salto”; se conformar com o que é ou tem; “morder a língua” e não “dar porrada”; “levantar o rabo” para trabalhar; largar a “pãodureza”; comer pouquinho, e “guardar a periquita ou o periquito”.
Confesso que eu me excedo com doces ou com tudo que considero delicioso. Não posso negar que aos domingos eu só quero ficar na linda cama que o Domingos Rigoni (Movelar) me ajudou a ter. Também é verdade que gente muito burra, arrogante, besta, esnobe, metida a esperta, miserável, invejosa, despeitada, desonesta, e/ou devassa me irritam profundamente.
Devo admitir, também, que tenho três admirações tão grandes que bem podem ser confundidas com invejas: por Paulo Coelho, por Sebastião Salgado e por Ivete Sangalo. O primeiro por ser um escritor malhado por um monte de gente que não faz sucesso e que morre de inveja dele, o segundo por ter nos legado fotografias belíssimas, e a terceira por ter entrado na fila de distribuição de talentos e belezas (voz, rosto, corpo e alma) umas dez vezes!
Percebo que “sou pinto”, em vista daquelas almas que durante a Idade Média, “em nome de Deus”, não tiveram nenhuma clemência com as outras, torturaram seus corpos e as mandaram para o espaço de forma crudelíssima: acendendo as fogueiras da inquisição. Espero que essas tenham sido banidas para os recônditos do universo, mas percebo que elas deixaram suas seguidoras aqui na Terra.
É fácil identificá-las: são ávidas por poder, dinheiro e/ou sexo, e descrentes de que vão morrer um dia. Guiados por esses “valores” e imbuídas dessa crença, elas empinam seus narizes, sentem-se melhores que as demais, puxam os tapetes, sacaneiam, traficam, roubam, matam, menosprezam os humildes, e o pior: legam seus defeitos para os descendentes via DNA, eternizando esse maldito círculo vicioso.
Caso eu parta antes dessas pestes, talvez eu fique com as mãos no céu e os pés no purgatório, mas vou fazer questão de procurar por você, meu querido leitor, no andar de cima, para que juntos olhemos para o andar de baixo e vejamos os donos dessas almas sórdidas, tendo seus rabos espetados pelo tridente do pai deles. Sinta-se convidado para juntos os gozarmos, gritando:
“Yeah, yeah! Glu, glu!! Salsi fufu!! Pegadinha do Malandro, seus otários!”
P.S. A gente corre o risco de despencar, mas acho que do purgatório não passaremos, não! Rs,rs,rs...