A INVEJA PEÇONHENTA.

A inveja é peçonhenta, virulenta. Por seu perigo, amaldiçoada e amaldiçoando, Deus colocou um sinal no invejoso no começo dos tempos, para que ela não pudesse se esconder.

Por isso faz alguns dias cunhei aqui no Recanto uma frase “os olhos da inveja não têm cortinas”. Ela é forte e não tem condições de se esconder. Sua face está escancarada.

Deus quis que todos se afastassem da inveja marcando o invejoso, e sentenciou Caim nesse sentido com expressivo conteúdo, sic: “O Senhor pôs em Caim um sinal, para quem o encontrasse não o matasse” “tornando-se um peregrino errante sobre a terra”. Genesis.

E assim são e vivem os invejosos, marcados, sozinhos, encerrados em suas masmorras do péssimo caráter, sórdidos e anestesiados de sentimentos, de “amor” invisível mesmo para os que deveriam ser muito amados, pelos laços de vida e mesmo de sangue, debatendo-se nas aspirações nunca realizadas, reiterando desejos irrealizados em procissão de insucessos, pena moral implacável e permanente, gerada pelo fosso da pequenez de um cérebro miúdo habitado pela inconveniência e o despropósito, diminuto e aliado à vontade viciada, encoberto de sombras espessas da escuridão onde a luz não chega.

Vivem no hiato da vontade à frustração, distantes da alegria, imersos na asfixia de suas pobrezas existenciais onde fervilha a peçonha dirigida insistentemente aos invejados.

Deus sinalizou esse pecado capital para do invejoso todos se afastarem, e ele não pode esconder essa torpe marca.Alguns piedosos do invejoso têm comiseração.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 17/06/2014
Reeditado em 17/06/2014
Código do texto: T4848050
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