Recife
O Recife chora calado,
a dor do menor abandonado.
O Recife vaga sozinho,
distante de amor e carinho.
O Recife se perde no tempo,
Quando então se aproxima
O momento...
O Recife finge que prospera,
enquanto o menino espera.
O Recife é manto sagrado,
de sangue abandono ,descaso.
O Recife é berço fétido,
de lama, caos submersos!
O Recife é o pé descalço,
Por onde a dor deslizou seu cansaço.
O Recife é luz, escuridão; É
delírio, suspiro... Ilusão!