Concedo-lhe minha benevolência
Percebo um tom de ironia com uma pitada exagerada de sarcasmo em seus comentários. Faço questão de ler cada um e ver o quanto você é inocente e está enganada a meu respeito. Não acho necessário citar nomes, contudo se estiver lendo esse texto (e sei que está) saberá que foi feito a você.
Muitas coisas passaram em minha mente, todavia a única justificativa plausível que encontrei foi a inveja. Minha cara senhora, você não precisa disso! Sem dúvida você possui seu brilho próprio, pois caso contrário você não seria admirada por tantos leitores nesse recanto e inclusive pelo seu “objeto” de desejo.
Achar que eu poderia corresponder aos sentimentos amorosos de um homem comprometido é no mínimo cruel, baixo, deselegante, insensível e indelicado para uma senhora com a sua posição e experiência! Quero acreditar que em meu lugar a senhora pensaria o mesmo.
Esse tal “romance shakespeariano”, como você mesma diz, não tem vez. Não sou como a pedra que fura por tanto ser batida pela água. Tampouco me faço de difícil. Sou difícil. Você está tão enganada a meu respeito que sinto dó.
Outrossim, considere-se uma pessoa de sorte, pois eu não sou rancorosa e muito menos vingativa. Você está perdoada, assim como nosso nobre colega escritor. Como ele mesmo diz, “os jovens cometem deslizes, enquanto pessoas experientes cometem burrices”. Logo, eu lhe desculpo por tamanha burrice!
É bem verdade que, provavelmente, você não queira o meu perdão. Isso é uma escolha que cabe somente a você. Se tiver humildade suficiente (qualidade esta que eu muito admiro), irá refletir e ver que isso é o certo a fazer. Porém, caso não aceite, eu irei dormir todos os dias com a minha consciência tranquila tendo a certeza de que sentimentos negativos como o ódio, a inveja e o rancor não habitam em meu coração. E está dito!