MEU TRABALHO LITERÁRIO


 
Li uma declaração do ótimo e pouco reconhecido músico Hermeto Pascoal sobre sua música que me inspirou a escrever algo similar sobre o meu trabalho literário.
 
Vamos primeiro ao que disse Hermeto:
 
“Se as gravadoras não levam meu trabalho para as rádios, se ele não toca em nenhum lugar, para que eu faço música? Não tive e nem vou ter nenhum retorno financeiro com minha obra, mas meu prazer, minha alegria, continua sendo tocar. Por isso, as minhas músicas eu quero mais é que sejam pirateadas. Quero mais é que as pessoas toquem, ouçam, a conheçam. E pra mim, quem reclama da pirataria é quem faz música apenas para vender. Meu valor não são as notas de dinheiro. São as notas musicais”.
 
Agora o meu breve comentário com base no que disse o músico:
 
Se as pessoas não valorizam meu trabalho literário, se ele não é comentado em nenhum lugar, para que eu escrevo textos? Nunca tive e nem vou ter retorno financeiro com minha obra, mas um dos meus prazeres e alegrias continua sendo escrever. Por isso, não me incomodo se alguém copia e cola algum dos meus textos. Quero mais é que eles sejam divulgados, seja como for. E para mim, quem acha ruim essa prática é quem escreve apenas para vender e não pelo simples prazer de compartilhar e divulgar seus sentimentos, pensamentos e opiniões. Meu valor não são as notas de dinheiro, mas sim as notas literárias.
 
É isso. Escrever, para mim, é um grande prazer e um ato de amor e de enriquecimento interior, além de uma possibilidade de sensibilizar nem que seja apenas uma pessoa que, por acaso, me leia. E isso já faz toda a diferença na vida do poeta, do cronista ou simplesmente daquele que exterioriza seus sentimentos através das letras.
 
 
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