Não vá tomar...
Não sinto vergonha do Brasil. Todos os países do mundo têm seus defeitos. Sinto vergonha de pessoas e de atitudes. Esse caso da abertura da Copa revela muito. Revela o comportamento de pessoas sem educação e que, enquanto clamam por escola de qualidade, dão um show melhor do que o da abertura do evento, gritando uma expressão das mais repugnantes. Tomar naquele lugar, literalmente, é menos repugnante do que gritar tal expressão. Fico com minhas calcinhas pensando duas coisas: ou essas pessoas tomaram e gostaram; ou foram tomadas e ficaram mal satisfeitas. Ora, se tomaram e gostaram, pois que insistam e tornem a tomar. E se tomaram e ficaram traumatizadas, não deveriam desejar a dor de pessoa alguma. O pior de toda aquela cena é pensar que, possivelmente, entre todos aqueles desbocados e desbocadas, estão os que exigem educação e saúde. Educação, pelo visto, não devem ter. E saúde, também acredito que não. Por certo são sem-teto, pois determinadas coisas só podem ser ditas em casa, e olhe lá. Tomar no lugar em que eles mandaram a Dilma tomar é, dito pelos médicos, um fator negativo para um corpo saudável. Entretanto, isto nem viria ao caso. E me recordo de um professor que tive e sobre quem recaíam suspeitas se ele tomava naquele lugar. Então, como aluno é aluno em todo tempo, época e lugar, teve uma aluna que foi direto ao centro da questão e fez a pergunta ao professor. Ele não titubeou e respondeu: MINHA FILHA, QUEM TEM ALGO, DÁ A QUEM BEM QUISER. Pois que façam isto, mas não cheguem ao ponto de, escandalosamente, sugerir aos outros que façam o mesmo. Mais repugnante não é fazer, é dizer. E porque o disseram em pleno evento festivo, eu estou mortificada. Isto não tem a ver com a minha manifesta simpatia pela Presidenta, mas não se deve dizer a Aécio, a seu qualquer. Pior que Dilma e pior que outro político ou pessoa qualquer é você que abriu sua boca porca para se expressar de forma aviltante e sem um pingo de educação. E, se algum dia, você desbocado ou desbocada, resolver tomar, tome calado.