RACISTA, EU?
Em muitas culturas há o fomento à discriminação, através de motivos religiosos, políticos ou sociais.
Aqui, em nosso lindo país, persiste o racismo velado!
Apesar de nos intitularmos cultos, atualizados e modernos, este comportamento advém do seio familiar, da perpetuação de que o negro, o índio não é modelo de beleza, e sim sinônimo de pobreza, burrice e ócio para a maioria dos brasileiros.
O que é irônico, não? Caro leitor, você se diz “puro sangue”? Que não há nenhum descendente indígena ou negro ou os dois em sua família? Somos um povo extremamente miscigenado e preconceituoso.
Causa tristeza ouvir de pessoas ditas intelectualizadas, que, de forma inconsciente, estão praticando um ato de segregação violento, como por exemplo ao proferirem: “isso é coisa de preto”, para simbolizar algo ruim.
Há também a influência dos meios de comunicação, ao persistir com a ideia da “estética branca” como sinônimo de beleza.
Vê-se ainda que, apesar da obrigatoriedade legal, há poucos negros, mulatos, mamelucos, (indígenas então é raro), realizando propagandas como ricos, cultos, bem sucedidos!
Vertendo para meu lado jurídico, cito nossa Constituição Federal de 1988 que estabelece princípios fundamentais para a construção de uma nação livre, justa e solidária, comprometida com o desenvolvimento social abolindo a discriminação e preconceitos.
No entanto, a realidade brasileira explode com uma violenta contradição contra os ideais acima proclamados. Cientes de que conquistamos direitos políticos, caberia ao Estado promover a mudança social. Ao invés disso, leis como a de cotas raciais têm trazido a revolta e o fomento ao preconceito. Não sou contra, mas também não entendo ser a melhor forma de integração social.
Saindo de nosso quintal, percebemos que também em países desenvolvidos o racismo, a xenofobia é latente!
Há a exaltação do ego nestes países, que veem os estrangeiros (principalmente os advindos do terceiro mundo), como inferiores, subalternos.
O que dizer agora, lindos franceses, espanhóis e italianos? Vamos ao seu país, gastamos o dinheiro brasileiro em suas lojinhas de souvenirs, estamos fomentando o seu turismo para que não quebrem de vez! Enfim, o preconceito tem sido engolido a seco, pois o Veuve Cliquot está reservado para nós!
E você, mon cher, que tem seu cabelo crespo, sua pele negra, nariz e bocão, não se sinta inferior devido a ditadura do racismo, ame-se! Veja a Lupita, linda, brilhando em sua beleza natural.
Agora, você que me lê e vive pronunciando estas frases grosseiras como “branco e preto não se misturam”, “serviço de preto”, olha, procure um psicólogo! Pois o crime de racismo é inafiançável, portanto, seu dinheirinho não valerá de nada aqui!