CONCEITO TEM VIDA PRÓPRIA?
INTERESSANTE INTERLOCUÇÃO DESENVOLVIDA. VIDA, MOVIMENTO E VONTADE.O BEM E O MAL TÊM VIDA PRÓPRIA.SÓ HÁ CONCEITO COM VIDA PRÓPRIA.SE NÃO HÁ VIDA PRÓPRIA INEXISTE CONCEITO.
10/06/2014 19:14 - Celso Panza
É bom Cláudio conhecermos essas ideias para que possamos ter outras e colocar conceitos COM VIDA PRÓPRIA, de forma contrafeita a tanto egocentrismo que se visibiliza principalmente em ECCE HOMO, obra em que se coloca no centro do mundo E MUITOS APLAUDEM, estou distante desse cenáculo. Eis suas pérolas: "Não considero o ateísmo como resultado, menos ainda como acontecimento: em mim decorre do instinto. Sou demasiado curioso, demasiado problemático, demasiado insolente, para me contentar com uma resposta grosseira.Deus é uma resposta grosseira, uma indelicadeza para conosco, pensadores no fundo, é mesmo apenas uma grosseira proibição: não deveis pensar!... De modo inteiramente diverso me interessa uma que já conheço.". Nietzche. E faz considerações infindas sobre seu problema estomacal e alimentação. Um louco que morreu louco. Van Gogh, que você referiu em outra passagem, recentemente, era um louco que não fez mal a ninguém, só a si com seu absinto, e nos doou inúmeras belezas como "Cipreste no Trigal" e muitíssimas outras telas maravilhosas. Abraço. Celso
10/06/2014 18:01 - Cláudio A Broliani
Não solidarizo pelo erro, tão pouco sou algoz de Nietzche, como não seria piamente de ninguém, nem ao menos conheço sua obra profundamente, como disse anteriormente Celso, para mim apenas mais um personagem e por isso o que conceituamos aqui somente se permeou por tal figura, ser "advogado do diabo" é tarefa difícil demais, luta inglória, a pergunta sobre a pergunta é mais importante "PORQUE DEUS O FEZ?" tanto Nietzche como o anjo caído, uma vez que inteligencia se torna quase que unidade de medida quando mal aplicada, seriam necessários para instituir o fiel da balança talvez? Rsss permita-me esse riso pois ele é para mim mesmo, me achando tolo apenas... Pode parecer que sou adepto dos fundamentos mal conceituados de Nietzche, mas longe disso meu amigo, apenas o exercício puro sem vaidade que tão salutar se estabelece em sua tribuna. Abraço, Cláudio.
10/06/2014 17:24 - Celso Panza
"com efeito, venho de píncaros que jamais alguma ave sobrevoou, conheço abismos em que nenhum pé ainda se transviou. Disseram-me que não é possível pôr de lado um livro meu , que perturbo até o descanso nocturno... Não há espécie alguma mais altaneira e, ao mesmo tempo, mais subtil de livros: atingem aqui e além o que de mais elevado se pode alcançar na terra..... uma palavra minha arrasta para a luz todos os maus instintos." Nietzche. Seria esse e muitos outros trechos de vaidade insuportável que levaram Nietzche aos seus conceitos universais? "POR QUE DEUS ME FEZ TÃO INTELIGENTE?", dizia. Mas seria tão inteligente? Não creio, só me apiedo de seu fim. Abraço Cláudio
10/06/2014 16:51 - Cláudio A Broliani
Sim Celso, assim tange-se o distinto em tese e conceito, e simplesmente se unificam em nós perante a nossa vontade, margeamos ora a afirmativa óbvia, e aí o desencontro, porém se fundem em uma única e verdadeira razão de existir no bem por nossa concepção, se sou o que penso e faço e isso também se torna conceito firmado e estabelecido, sim os conceitos tem vida própria dentro desse fundamento inquestionável e tão claro que desnecessita maiores analises, pois, nada mais é do que a nossa vontade de aplicá-los, somos o conceito do bem e do mal em tudo e todos conforme aceitamos e vivemos, Nietzche apenas o personagem o qual seus conceitos se tornaram mesmo errôneos maiores que ele, e voltamos ao conceito de que somos o que pensamos e fazemos, e aí deixa de ser conceito apenas e sim existência... façamos da nossa, nobre amigo, a melhor que nos cabe. Um forte abraço. Cláudio.
10/06/2014 16:28 - Celso Panza
São as paralelas que se encontram, nunca na ficção, mas na realidade. A vida circula, tem consequências, pelo que quero, apreendi como bom ou mau e exerço, esta é minha vida que escolhi, firmada em minha vontade conceitual que tem vida própria, não é conceito em tese, sou eu no que manifesto,tem vida própria,consequências, assim um conceito, bom ou mau, escolhido, faz parte de minha vida, incide especificidade, tem vida própria na minha escolha, no meu ser e existir. Não falei em conceitos de outros mas de conceitos universais, o que é bom para o mau é péssimo para o bondoso, não tratei de incipiências e particularidades. Mais um erro é dirigir a conceituação como diversidade e particularismos, falei de um filósofo que erige péssimos conceitos como símbolos universais, e não existe a afirmação do que é bom para mim não ser para outro,crasso erro tratando-se de universalidades como tratou Nietzche, falo e assim falou Nietzche, de conceitos universais,por exemplo solidariedade, proteção, carinho, segurança para entes amados, por exemplo, são conceitos universais do que seja bom, e ninguém em sã razão discordará. O que for contrário, ausência, descaso, indiferença com os seres humanos próximos, principalmente, ou não, obterá censura dos padrões universais de exigibilidade, até na lei que dispõe sobre a sociedade. Disputas, invejas, dominações, egoísmos em gênero,iconográficos estes para o filósofo como requisitos de sobrevivência, são conceitos maus para todos que segundo seu estatuto, de bom ou mau caráter, se manifestam como conceitos escolhidos e projetados no mundo exterior. É isso Cláudio, assim penso, com sua linha de pensamento, "os conceitos passam por nossa avaliação", e ganham vida própria. Creio que o bem é o conceito de melhor aproveitamento em sua vida, estou certo pelo que conheço de você. Abraço. Celso
10/06/2014 15:08 - Cláudio A Broliani
Celso, penso que os conceitos ganham vida em nós, seriam então causa e efeito da nossa vontade, "Penso, logo existo", os conceitos não impõem e sim sugerem certo e errado segundo nossa avaliação e resultado no bem ou mal que possam causar, se distinguem pela nosso critério e aplicação segundo fundamentos absolutos e inquestionáveis ao bem estar individual e coletivo, não é o conceito mal estabelecido que fere por si só, e sim, a humanidade em suas vontades desacerbadas, a avaliação passa pela nossa consciência... a palavra como um livro, ao meu ver é fria até que a aqueçamos em nosso íntimo, cabe distinguir se é usada como espada ou escudo, se é merecedora de ser usada como travesseiro ou apenas como calço do pé da cama. E lembrando Voltaire "Não é suficiente apenas conquistar, é preciso saber seduzir", e assim são os conceitos e suas armadilhas para aqueles que distraidamente caminham por entre eles. Abraço, Cláudio.
10/06/2014 15:06 - Celso Panza
Cláudio, se não há vontade materializada em conceito anterior admitido inexiste conceito. Não há causa sem efeito.Se o conceito ficar na intenção, não se pode falar em bem ou mal, ou ele machuca e fere ou não, quando se torna objetivo e realidade. Veja, é como na lei, ela não pune a intenção, mas o resultado. Nossos conterrâneos, nos primórdios, pretenderam apenar a intenção. Mas por quê? Perguntaram eminentes cérebros penalistas de cepa, se nada se altera no mundo exterior.É o que faz a mudança é a vida conceitual que elegemos, ou seja, o conceito tem vida própria, aquela a que damos corpo. Abraço. Celso
10/06/2014 14:55 - Celso Panza
O erro está em considerar que conceitos não têm vida própria, então para que ter escolhas? Conceitos tem vida como causa eficiente de sua crença em ser de uma forma ou de outra. De que vale ter conceito se não são exercidos. Filosofar, hipoteticamente desconhecido ou inexatamente conhecido, não atinge objetividades concretas. Se não há forma não há conceito prévio que orientou a forma, assim sua vida há de ser realidade sequencial, anterior a escolha, principalmente e mais no bem e no mal. Conceituo, me aposso do conceito e o exteriorizo, materializo. "Os resultados que as ações causam", como vc disse Cláudio. Muitos que morrem sem paz deixaram em seus caminhos o pecado capital da consciência, pelos conceitos que encarnados em objetividade causaram mal e fizeram o mal.Está aí o certo e errado conceitual, quando sai do processo psicológico-normativo e projeta-se no mundo exterior, é simples Cláudio.Vivemos dos conceitos que recepcionamos e configuram realidades. Assim é o mundo, nada mais. E erram os que chamam de preconceito a discriminação, como se preconceito fosse negativo e pejorativo, o conceito prévio é bom ou mau, como o caráter, conceito de ser solidário com quem amamos ou não, e assim ensinamos aos filhos etc, é preconceito positivo, e óbvio, bastante singelo, e embora simples pouco disso se sabe, leia-se sobre tanto Voltaire em seu dicionário que até em bancas de jornais foi vendido. Abração Claudio, você sempre possibilita alargar as abordagens. Celso
10/06/2014 13:56 - Cláudio A Broliani
Celso, voltaríamos mil vezes em busca da verdade e ela jamais se faria absoluta, mas as diferenças entre certo e errado sim, conceituamos sobre bem ou mal em visão ampla ou individual como disse o Jorge Cortas? Obviamente a linha não é tênue sobre isso, pelo contrario, é nitidamente exposta pelo resultado que as ações causam, porém opósito amor e ódio, bem e mal, o Éden seria um erro da criação, nos roubaria o direito de sermos de fato bons na essência e valorarmos nossa passagem, como você mesmo disse em outra ocasião, "ninguém sobe a locais que não alcança", o esforço passa por nossa provação, e sem experimentarmos a angustia conflitante o caminho seria único e sem erros e assim sem mérito. Nietzsche não é seu alvo, a sua contrariedade sim. "Os homens mais espirituais, penso que sejam os mais corajosos, também vivem de longe, as tragédias mais dolorosas, porém, justamente por isso eles honram a vida, por lhes oferecer a sua maior oposição." Tento encontrar nessa afirmação onde de fato ele se faz vitima do que pensava, na minha visão, creio que Nietzche foi engolido por seus conflitos, a negação da simplicidade entre os antagônicos sentimentos se tornava a afirmação para a diferenciação que ele tentou defender e da unidade estática que o assolava, e assim, no erro de suas teses, mostrou o acerto do caminho que se deve seguir ou não por vontade própria não pela força da conceituação, ficou desse legado o nosso direito de decidir, como na própria criação. Abraço, Cláudio.
10/06/2014 13:55 - Celso Panza
Bem e mal não existem como conceitos, encarnam vida própria, se projetam em processo volitivo mudando exterioridades, se materializam, não são ficções, tomam forma objetiva e construíram a humanidade toda, basta conhecer a própria história, mesmo nossa e de nosso entorno e a história dos homens, para perceber o bem e o mal, que nós mesmos podemos fazer aos outros, deixando de ser teoria para ser realidade. Se o mundo vivesse de conceitos, sem que os conceitos como escola não norteassem e fossem bússola do mundo, em que se sustentaria a sociedade? Abraço Jorginho. Celso
10/06/2014 12:13 - Jorge Cortás Sader Filho
Bem e mal existem como conceitos; não têm vida própria e são relativos. Muitos fatos considerados bons ou maus por uns, não são vistos assim por outros. Meu abraço, Celso.
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