Dias de paz
Ontem conversei com a morte, a senti de perto, não pareceu-me o demônio pintada por todos.
Confidenciou-me suas tristezas, do quanto era vista como a ave do mal agouro, sua intenção nao era ser tão mal falada.
... Mas especialmente ontem, estava serena, não pareceu-me a bruxa malvada tão cheia de marra. Apresentou-me tranquila, a mãe que acolhe, que lentamente acaricia a carne sofrida e bem baixinho sussura o canto da paz e de mansinho foi enterrando medos, dores e desilusões, em seu lugar trouxe conforto e descanso à alma, assim como a um manto que protege os dias gelados. Chegou em hora acertada, o descanso fora merecido. Chegara ao fim os dias de guerra.
Elisa Troni.