Dias de paz

Ontem conversei com a morte, a senti de perto, não pareceu-me o demônio pintada por todos.

Confidenciou-me suas tristezas, do quanto era vista como a ave do mal agouro, sua intenção nao era ser tão mal falada.

... Mas especialmente ontem, estava serena, não pareceu-me a bruxa malvada tão cheia de marra. Apresentou-me tranquila, a mãe que acolhe, que lentamente acaricia a carne sofrida e bem baixinho sussura o canto da paz e de mansinho foi enterrando medos, dores e desilusões, em seu lugar trouxe conforto e descanso à alma, assim como a um manto que protege os dias gelados. Chegou em hora acertada, o descanso fora merecido. Chegara ao fim os dias de guerra.

Elisa Troni.

Elisa Troni
Enviado por Elisa Troni em 09/06/2014
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