NAMORO E O AMOR DE PENÉLOPE

Prof. Antônio de Oliveira

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A gente quer a luz que fascina sem ofuscar. A gente quer manter acesa a tocha da felicidade. A gente quer viver a teia do amor.

Na Odisseia de Homero, que narra a Guerra de Troia, por vinte anos Penélope esperou a volta de seu marido Ulisses, rei de Ítaca. Durante todo esse tempo, não recebia notícia de seu amado, sem saber se estaria vivo ou morto, Assim, o pai de Penélope insistia para que ela se casasse. Penélope, fiel ao marido, recusava, alegando que o estava aguardando. O tempo se passava e Penélope passou a usar de um estratagema para fazer hora e empurrar os pretendentes com a barriga. Estabeleceu, assim, uma condição: o novo casamento somente se daria depois que ela terminasse de tecer uma colcha em tricô. Durante o dia, aos olhos de todos, Penélope tecia e, à noite, secretamente, desmanchava todo o trabalho para não desmanchar o seu amor. Denunciada por uma serva, ela então impôs outra condição ao pai. Conhecendo a dureza do arco de Ulisses, ela afirmou que se casaria com o homem que conseguisse retesar o arco. Dentre todos os pretendentes, apenas um humilde camponês conseguiu realizar a proeza. Esse camponês, disfarçado, era Ulisses que então despertou Cupido e flechou nova e definitivamente. Depois de guerrear em altos mares, em prolongada e longa ausência. E foram felizes para sempre...

O sucesso de uma união não cai do céu. No amor a chave que abre as portas do paraíso na terra. Brota da terra abençoado pelos céus. Reinventa-se a cada hora. Decorre de cumplicidade, de pequenos gestos, tolerância, surpresas e respeito mútuo.

É conhecido o texto: “Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações e quem só pensa em ganhar”. Vinicius de Moraes arremata: “Os casais de namorados são coisa que pertence ao patrimônio de uma cidade”. E ao bucólico da roça também, digo eu. No Dia dos Namorados, o amor de Penélope pode ser uma referência.

Antônio Oliveira MG
Enviado por Antônio Oliveira MG em 09/06/2014
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