Sou apaixonada por bons filmes, e quando me proponho a vê-los busco os que trazem em suas histórias,  lições de  vida; algo que  me comova, ou me faça chorar de rir – do caos à calçada da fama –,  faz-se necessário que ao término, a  minh’alma seja edificada. Essa edificação pode abranger vários sentidos, pouco importa, até mesmo  as situações esdrúxulas são viáveis.
            Assisti um filme –  há pouco tempo – sobre um casal de irmãos, delinquentes e pervertidos; vítimas de abusos em suas infâncias. A jovem, quando muito criança, escapou de ser  estuprada por seu padrasto, graças ao seu irmão –  igualmente criança – , que disparou uma arma, contra o  pedófilo matando-o. Cresceram em meio aos infortúnios da vida; o mal se tornou as suas realidades.
            Quando a polícia em perseguição ao jovem bandido disparou-lhe tiros, antes de morrer ele perguntou para a sua irmã, e ele mesmo respondeu: “ – Como seria ter um lar?... Talvez,  uma casa  em uma fazenda... E, muito amor, como era antes, do papai morrer...”   
Em seguida, o jovem  morreu!
            “ – Como seria ter um lar?...”   Esta frase interrogativa mexeu profundamente comigo... Minh’alma se fez frio inverno; adentrei o âmago de muitos miseráveis – vítimas das vítimas de um sistema faminto.   
             Muitas vezes as injustiças dos justos dão vida às feras!


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Enviado por EstherRogessi em 08/06/2014
Reeditado em 14/06/2014
Código do texto: T4837021
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