Sou apaixonada por bons filmes, e quando me proponho a vê-los busco os que trazem em suas histórias, lições de vida; algo que me comova, ou me faça chorar de rir – do caos à calçada da fama –, faz-se necessário que ao término, a minh’alma seja edificada. Essa edificação pode abranger vários sentidos, pouco importa, até mesmo as situações esdrúxulas são viáveis.
Assisti um filme – há pouco tempo – sobre um casal de irmãos, delinquentes e pervertidos; vítimas de abusos em suas infâncias. A jovem, quando muito criança, escapou de ser estuprada por seu padrasto, graças ao seu irmão – igualmente criança – , que disparou uma arma, contra o pedófilo matando-o. Cresceram em meio aos infortúnios da vida; o mal se tornou as suas realidades.
Quando a polícia em perseguição ao jovem bandido disparou-lhe tiros, antes de morrer ele perguntou para a sua irmã, e ele mesmo respondeu: “ – Como seria ter um lar?... Talvez, uma casa em uma fazenda... E, muito amor, como era antes, do papai morrer...”
Em seguida, o jovem morreu!
“ – Como seria ter um lar?...” Esta frase interrogativa mexeu profundamente comigo... Minh’alma se fez frio inverno; adentrei o âmago de muitos miseráveis – vítimas das vítimas de um sistema faminto.
Muitas vezes as injustiças dos justos dão vida às feras!
O trabalho, A linguagem das telas, De EstherRogessi está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Imagem web, Efeito da imagem EstherRogessi:
Assisti um filme – há pouco tempo – sobre um casal de irmãos, delinquentes e pervertidos; vítimas de abusos em suas infâncias. A jovem, quando muito criança, escapou de ser estuprada por seu padrasto, graças ao seu irmão – igualmente criança – , que disparou uma arma, contra o pedófilo matando-o. Cresceram em meio aos infortúnios da vida; o mal se tornou as suas realidades.
Quando a polícia em perseguição ao jovem bandido disparou-lhe tiros, antes de morrer ele perguntou para a sua irmã, e ele mesmo respondeu: “ – Como seria ter um lar?... Talvez, uma casa em uma fazenda... E, muito amor, como era antes, do papai morrer...”
Em seguida, o jovem morreu!
“ – Como seria ter um lar?...” Esta frase interrogativa mexeu profundamente comigo... Minh’alma se fez frio inverno; adentrei o âmago de muitos miseráveis – vítimas das vítimas de um sistema faminto.
Muitas vezes as injustiças dos justos dão vida às feras!
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