COMPREENDER A INCOMPREENSÃO.
Antes de mais nada quem se torna consciente do que somos e o que somos compreende a incompreensão. A incompreensão não permite interpretação, fica absoluta como “dominus”, sem elasticidade possível, é a simplicidade forrada de incompreensão, um absolutismo sem pilares, que mortifica e machuca, não aceita o inevitável, não explica o máximo por não visibilizar o mínimo, se debate entre a dúvida e a realidade, recua diante da evidência sem respostas. Enfim, sofre.
Pedir simplicidade a quem não pode oferecê-la largamente, mesmo que tenha esse propósito, é complicado. Por quê? Todos têm armazenado seu acervo adquirido com a experiência e o conhecimento absorvidos.
Entender, interpretar e compreender, é sistema complexo. Etapas, escalas ou exercícios do dia a dia? Um pouco de cada.
Quem entende pode interpretar diversamente de outra pessoa o objeto sob entendimento, cada um tem um entendimento. Compreender é estar com entendimento pleno já completo, podendo interpretar por esse motivo de várias formas, em cada parcela do conhecimento, múltiplo, por já estar sob seu domínio a compreensão absoluta do que absorveu, dissecou e se convenceu, e principalmente que cede.
ESSA A IMPORTÂNCIA DE COMPREENDER, CEDER.
Não podemos superar o inevitável ou explicar o inevitável. É INEVITÁVEL, não viemos à vida para festas, ou só para alegrias. O ufanismo do AGORA tem limites, o tempo e a inevitabilidade que a compreensão reduzida não percebe e nem o entendimento alcança, falta interpretação do todo que mostra o nada de nossa inteligência.
Mergulhos mais profundos do conhecimento ficam distantes de grandes temas que habitam o hipoteticamente desconhecido e o inexatamente conhecido. É simples, em princípio, perceber a complexidade exposta por grandes cérebros, por esta razão os interiorizados, sem formação, chamados “roceiros”, que nada estudaram, percebem sinais da natureza sem explicá-los. É assim a compreensão que não interpreta, percebe os sinais mas não interpreta os mesmos.
Esse o grande centro de sofrimento da humanidade, falta de aceitação do inevitável, e ninguém mudará isso, se muito minimizará o inevitável para pacificar o sofrimento.