ELES ESTÃO CHEGANDO

Creio que ao ler o título deste texto você deve ter pensando inúmeras coisas, inúmeros assuntos – talvez, dentre as coisas e assuntos que você pensou, estão as que vou abordar aqui. Se não estiver, nossas mentes não estão em consonância – o que, de certa forma, melhor ainda, pois você pode enviar o assunto e poderei pensar sobre ele e escrever nas próximas semanas.

Os assuntos que abordarei aqui referem, neste ano, a mesma data: o Dia dos Namorados e a abertura da Copa do Mundo. Mas a pergunta principal – ou, o assunto principal é: o que esperar destas datas? Ou, o que esperar dos envolvidos nesta data que, de certa forma, é especial? E, não deixando do lado a mídia, aproveitando a deixa, por que não trocar o dia? É bom lembrar que o dia dos namorados refere-se ao dia da morte de São Valentim, que ocorreu no dia doze de fevereiro.

Logo, abordando um de cada vez – namoro. Fiquei pensando nos enamorados da vida: paixões e mais paixões, amores e mais amores – e o tempo passa para muitos casais que, entre brigas e discussões, rompem meio século, ou mais, lado a lado. A exemplificar tal relacionamento, cito o meu sogro e a minha sogra: na última sexta-feira completaram cinquenta anos de casados e trocaram alianças. E aproveitando a oportunidade – parabenizo-os!

Mas namoro é coisa séria, ainda mais quando se passa algum tempo e o senhor Tempo converte em um grande amor. Discussões aparecem, cobranças também, expectativas de dias melhores sempre estão em mente e assim os dias passam e o relacionamento vai ficando cada dia mais profundo ao passo de, mesmo com os problemas que aparecem, a necessidade de estar junto é maior (se é assim que posso dizer). O querer estar ao lado de alguém que ama passa a ser maior que tudo. Passa a superar tudo – mesmo com as discussões (pois, se deve ter em mente que a vida a dois não é nada fácil!). Então, esperar o amor realmente acontecer é uma grande dádiva que poucos conhecem – mas vale a pena deixar acontecer (mesmo que as cobranças apareçam).

O outro fato é a Copa do Mundo – abertura dia doze e o Brasil despontando verdadeiramente nos gramados – é isto que esperamos, é o que desejamos. Sabemos de todos os problemas que a nação brasileira vive, sabemos dos sofrimentos que o povo passa, mas também sabemos que este povo que sofre, que grita, que pede por socorro, também quer vibrar patrioticamente naquele momento em que a pátria vestir as chuteiras e correr atrás para sagrar-se campeã.

Falar de Copa do Mundo é fácil, mas falar do povo que a sustenta não é. O povo que a sustenta sofre de desejo. De desejo de vê-la florescer. Florescer sem corrupção. Florescer com educação, com emprego digno, com moradia satisfatória, com segurança – entre outros itens que poderia encher esta coluna. Mas o momento pede precaução.

Colocar a Copa do Mundo no centro da folha, no centro das atenções não é difícil, ao passo que evidencia este fato, se encobre muito outros que deveriam também ser priorizados. Mas o povo também precisa de diversão. Aliás, o povo precisa de pão – mas do pão que enche a alma, que enobrece o espírito tornando-o empreendedor.

Fechando, o povo precisa de muitas paixões. A paixão pelo outro, pela outra. E também pelo futebol. Ambas, neste ano, acontecem simbolicamente no mesmo momento – digo simbolicamente porque sabemos que deve ser todo dia, mas o dia é marco. E, neste próximo dia doze esperamos comemorar os dois de forma significativa, guardando para cada um a sua devida proporção, o seu devido merecimento. 05/06/2014

www.aracatubaeregiao.com.br

Prof Pece
Enviado por Prof Pece em 07/06/2014
Reeditado em 17/08/2014
Código do texto: T4836234
Classificação de conteúdo: seguro