E O ÔNIBUS FOI PRO BREJO

Era o ultimo ônibus daquele dia, já passava das dez horas da noite e toda a turma já estava dentro do coletivo. O barulho era infernal, pois o Paulinho, meu irmão, que não jogara por estar machucado, havia levado muitas cornetinhas de plástico e distribuído a todos, afinal, éramos os campeões e estávamos ainda festejando. O motorista, a todo o momento, dava algumas freadas bruscas para que ficássemos quietos, mas que nada! Só fazia aumentar a bagunça. De repente, o ônibus sai da estrada e lá vamos nós rolando abaixo até o brejo. Felizmente, a ribanceira não era muito alta, mas algumas pessoas se machucaram. Eu havia levado uma forte pancada na cabeça e, por alguns momentos, me vi totalmente ensanguentado, ainda mais que usava uma camisa branca. Meu amigo João-Gandaia, companheiro inseparável, me tranquilizou dizendo: _Calma, Anésio, que isso ai é apenas barro vermelho... Saímos do coletivo sinistrado e agora minha preocupação era ajudar a socorrer os feridos e saber o que havia acontecido com o motorista do ônibus. A empresa enviou o socorro, acionada pelo próprio motorista e, pouco depois, fomos enviados ao pronto-socorro. Depois de comprovar que não havíamos machucado seriamente, fomos todos à delegacia para os exames de praxe...e também para ouvir a bronca do Sr. delegado.

ANESIO SILVA
Enviado por ANESIO SILVA em 06/06/2014
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