UM recorte de uma madrugada qualquer no subúrbio carioca (o frio, um cigarro e Jesus amigo)
As noites esfriam até na zona norte da cidade que muitas vezes bate recordes de calor, toda a meteorologia à parte isso acaba fazendo a porra da solidão pulsar ainda mais. E meus cotovelos doem apoiados nesse mármore frio da janela, como eu prefiro as janelas antigas de madeira que se abrem de forma central. Acho que tenho mais em comum om Jesus do que imaginava, ele também era adepto disso (eu acho), preferia a madeira ao mármore. Se bem que hoje em dia por uma janela de madeira é custa quase um rim de pobre (mas são bem mais confortáveis aos cotovelos), já uma janela de alumínio e um tasco de mármore deve sai a uns trezentos e pouco (acho que retiro o que disse sobre eu e Jesus)...
Nem uma mísera estrela só um vento quem me corta da esquerda pra direita, decoração de copa idiota, em uma rua idiota, como moradores igualmente (pseudo burgueses de um subúrbio fudido) idiotas. Mediocridade concentrada forma de fitas verdes e amarelas. Uma casa que sobre mais um andar irregular, e outras tantas que forma vencidas pela não chegada da metade do décimo terceiro, pelo musgo... Tudo acaba sendo vencido pelo tempo, tempo esse de um cigarro.
Mal percebi como a fumaça que lanço fica mais bela e encorpada no frio, é a beleza sendo deixada de lado em detrimento a coisas tão menores. Queria poder voltar ao início desse cigarro ou emendar outro, mas amanhã acordo bem cedo... Cedo demais para um último cigarro