"SOMOS A SELEÇÃO"
Imprevisibilidade é tudo que antecede o futebol em que “a regra é clara”. Tratando-se de seleção, especialmente. A vitória de um jogo não depende da sorte, mas de chances, além do indispensável preparo técnico e esquema tático num esforço conjunto. O que disso resulta nem sempre é visto por todos ou reflete o coletivo. Se resulta derrota, culpa-se o grupo pela incapacidade geral; se há vitória, dá-se entre os que a promovem especial destaque.
Antecedidos por vinte minutos de insegurança e tensão, os 4 x 0 do amistoso de ontem deram ao time brasileiro uma eufórica “goleada”. Exagero da imprensa esportiva, tanto quanto a injusta apreciação concentrada num só junto aos outros três que também acertaram a rede panamenha. Críticos, repórteres e comentaristas, todos "pagando pau" para o Neymar, como se a vitória se devesse exclusivamente à genialidade dele. Quase ignorados, Hulk, Willian e Daniel Alves somaram pontos nessa goleada cujo mérito é de todo o grupo dos 23. “Somos a seleção”, disse um dos que a integram. Certamente, incomodado com o explícito “paga pau” ao “único” Neymar. Antes, Ronaldinho era alvo, sonoro e prolongadamente pronunciado por Galvão Bueno, em coro com outros companheiros.
Ah, vão se danar esses bajuladores! Neymar é, de fato, genial. Mas não joga só. Vai aqui o meu “Bravo!” para Daniel Alves, Hulk, Willians, toda equipe e torcida, pois todos podem dizer: “Somos a seleção".
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*No texto anterior a foto do perfil era de Júlio César. A de hoje, Willian que, ao substituir Oscar, foi um dos goleadores.
* Segundo da série de textos em homenagem à Seleção Brasileira.