ESQUECEMOS DE NÓS MESMOS.

Tenho observado (e creio que todos) a total falta de tempo para estarmos com nós mesmos. Como assim? Pergunta-se. Um tempo para observarmos a natureza, sentar em um banco de praça, ouvir os passarinhos e passagens do gênero, mas principalmente conversarmos com nós mesmos, colocar em dia nossas questões com o mundo, as fontes de nossos conhecimentos, escutar o “de onde viemos para onde vamos”, tão rico e poderoso. Se impossível estar em local bucólico, ao menos em qualquer lugar em que se está devemos, algumas vezes, ao menos, voltar a atenção para nosso interior e ouvi-lo.

A mensagem passou a ser principal, nós o acessório.

O que se vê? Todo mundo voltado para os celulares, iphones, ipads, tabletes,etc. Mas são jovens no ritmo da época, isto é incontrolável, o modismo e avanço; responde-se. Não são só jovens, são pessoas maduras a se voltarem exclusivamente para esta finalidade, teclar, teclar e teclar, em qualquer lugar, e pior, perigosamente na direção de veículos, vejo, não só falando em celulares, teclando também, um olho na via outro no instrumento que tecla, um absurdo.

As pessoas se esqueceram se si mesmas, o que já era uma verdade que se agiganta. Creio que diante da invasiva tecnologia não há retorno. Que ao invés de transferirmos nossas vidas para a incessante comunicação, que possamos, também, estabelecer comunicação com nós mesmos. Que se dê essa chance à alma que formula o pensamento. Nossa vida necessita da vivência e convívio dos outros, sem que nos esqueçamos dela.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 03/06/2014
Reeditado em 03/06/2014
Código do texto: T4831081
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