SEM SOM

SEM SOM

Escrever em computador velho e de pouca tecnologia te lança num espaço sem amarras, é como página sem margens, ou seja, sem esquerda e direita, e sem acima e abaixo. A cabeça e a emoção funcionam mais amplamente do que se pode imaginar.

Melhor explicando, emprestei o meu notebook pra minha filha e passei a usar o computador antigo que estava parado e cheio conteúdo. Mas este está sem o menor som e sem possibilidade de comunicação, ou expressão.

Adorei viajar na paciência antiga e outros joguinhos que eu tinha esquecido. Mas é aflitivo não ocorrer o menor ruído, dá muita solidão.

De modo que neste momento estou experimentando teclar e ouvir só meus pensamentos e consequentes emoções. Um verdadeiro martírio ficar sem som, quando precisamente está se querendo expressar algo e comunicar as emoções e as conclusões dos pensamentos em plena atividade percebendo muita coisa.

Eu sou uma observadora da vida.

Vi que o jogo da Paciência te faz ser muito inteligente; sacode-te.

Assisti hoje ao filme na NET, “SCARFACE” com Al Pacino e foi muito emocionante de me fazer mal. Uma necessidade de trocar impressões com alguém. Muito triste e muito grave. Envolvi-me emocionalmente com os traficantes cubanos e americanos de 1980 e sofri muito como real fosse, e como amiga deles ou parente fosse. Estou tão perturbada, um pessoa como eu não pode ver um filme dessa espécie.

Os problemas da história do filme é como está a atualidade sobre o tráfico de drogas, o consumo, os crimes e a lavagem de dinheiro. É extremamente doloroso ver este grande filme.

MLuiza Martins , 31/05/2014