- Dona Zuleica?
- Sim, Helena?
- Tá tudo bem?
- Tá, sim, Helena. Por quê?
- Sei lá. Estou estranhando. Acho que nunca te vi paradona assim antes.
- Não estou paradona. Estou só um pouco meditabunda.
- Eita! Não precisa apelar.
- Não, Helena. Maditabundo é o mesmo que pensativo…
- Ahn! Que susto! Mas por que está assim triste? É saudade dos meninos? Do seu Elísio?
- É claro que sinto falta deles. Mas não estou triste.
- Isso! Domingo eles estão aí.
- Pois é. Na verdade, estou aproveitando que eles não estão, para poder me dar ao luxo de ficar assim um pouco.
- Paradona.
- Meditativa.
- Tá.
- Helena?
- Sim?
- O que é que te move?
- Meus… pés? O onibus!
- Também. Mas, o que eu queria saber mesmo é o que te faz seguir em frente, o que te tira da cama de manhã cedo, o que te faz vir trabalhar.
- Dinheiro. Não, peraí! Falta de dinheiro. Se eu tivesse dinheiro, dormia mais e não precisava trabalhar.
- E por que você estuda?
- Falta de dinheiro.
- Helena!
- É verdade, dona Zuleica. Se eu fosse rica, ia ser daquelas madama bem burra!
- Duvido! Se você visse o brilho nos seus olhos quando você aprende alguma coisa nova!
- Uma coisa, é uma coisa, outra coisa, é outra coisa. Eu gosto de aprender, não de estudar.
- Sei. E o Roberto?
- Ih, dona Zuleica! Nem te conto!
- Falta de dinheiro!?
- Aí, não, que mesmo que eu fosse rica, eu ia gostar do meu Roberto.
- Ah, bom!
- Deixa eu ver... Acho que o que me move é a vontade de melhorar de vida, terminar os estudos, conseguir um bom emprego, casar com o Roberto, ter uns dois filhos lindos, ter uma empregada boa assim, que nem eu…
- Hum hum!
- Não sou uma boa empregada?
- Não, Helena, você é ótima! Continua. O que mais, depois dessa movimentação toda?
- Depois, mandar Roberto e os meninos pra casa da sogra por uns dias, só pra poder ficar assim, bem paradona!
- Sim, Helena?
- Tá tudo bem?
- Tá, sim, Helena. Por quê?
- Sei lá. Estou estranhando. Acho que nunca te vi paradona assim antes.
- Não estou paradona. Estou só um pouco meditabunda.
- Eita! Não precisa apelar.
- Não, Helena. Maditabundo é o mesmo que pensativo…
- Ahn! Que susto! Mas por que está assim triste? É saudade dos meninos? Do seu Elísio?
- É claro que sinto falta deles. Mas não estou triste.
- Isso! Domingo eles estão aí.
- Pois é. Na verdade, estou aproveitando que eles não estão, para poder me dar ao luxo de ficar assim um pouco.
- Paradona.
- Meditativa.
- Tá.
- Helena?
- Sim?
- O que é que te move?
- Meus… pés? O onibus!
- Também. Mas, o que eu queria saber mesmo é o que te faz seguir em frente, o que te tira da cama de manhã cedo, o que te faz vir trabalhar.
- Dinheiro. Não, peraí! Falta de dinheiro. Se eu tivesse dinheiro, dormia mais e não precisava trabalhar.
- E por que você estuda?
- Falta de dinheiro.
- Helena!
- É verdade, dona Zuleica. Se eu fosse rica, ia ser daquelas madama bem burra!
- Duvido! Se você visse o brilho nos seus olhos quando você aprende alguma coisa nova!
- Uma coisa, é uma coisa, outra coisa, é outra coisa. Eu gosto de aprender, não de estudar.
- Sei. E o Roberto?
- Ih, dona Zuleica! Nem te conto!
- Falta de dinheiro!?
- Aí, não, que mesmo que eu fosse rica, eu ia gostar do meu Roberto.
- Ah, bom!
- Deixa eu ver... Acho que o que me move é a vontade de melhorar de vida, terminar os estudos, conseguir um bom emprego, casar com o Roberto, ter uns dois filhos lindos, ter uma empregada boa assim, que nem eu…
- Hum hum!
- Não sou uma boa empregada?
- Não, Helena, você é ótima! Continua. O que mais, depois dessa movimentação toda?
- Depois, mandar Roberto e os meninos pra casa da sogra por uns dias, só pra poder ficar assim, bem paradona!
Este texto faz parte do Exercício Criativo - O Que Te Move?
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/oquetemove.htm