ACONTECEU OUTRA VEZ

e souza

As reuniões de família para a nossa sempre foi muito importante, temos essa prática há muitos anos, ela começou com nossos pais que gostavam dessas reuniões. Meu pai e um primo o Vivaldo, decidiam esses encontros da noite para o dia. Lembro-me de algumas vezes que as duas famílias estavam em casa e os dois decretavam; ’vamos para Praia Grande já’ . O bom é que todos concordavam sem restrições fosse a hora que fosse, e todos íamos arrumando as malas para a viagem de última hora, é claro que sempre acontecia nos fins de semana, normalmente nas sextas feiras. No prédio onde tínhamos apartamento na Vila Tupi, encontrávamos muitos amigos e brincávamos na área de lazer, às vezes a gente apostava corrida de ponta a ponta do condomínio. A minha primeira vez, um dos garotos ficou a meu lado e quando foi dada a largada o espertinho simplesmente colocou o pé direito na minha frente, e é lógico que caí com os dois joelhos no chão, depois não quis mais brincar daquilo, sobretudo se aquele delinquente estivesse por perto. Isso faz muito tempo, eu só estou pensando para trás. “Eu aos pedaços”, eu conto sobre um desses nossos encontros de família que me rendeu duas costelas quebradas. Outra vez estávamos, meus sobrinhos e eu jogando na praia, era pernada pra lá, pernada pra cá, gol dali, gol daqui, algumas palavras ao juiz, a torcida empolgada, corpos suados, somente os homens jogando, coisa de macho, jogo sério e tenso, até que eu dei um impulso e pronto, uma distensão muscular na minha panturrilha direita e o jogo acabou, pelo menos para mim, não consegui mais ficar em pé. Já ia me esquecendo, o tal jogo de macho foi o que eu contei para a médica que me atendeu, na verdade o jogo era de taco e não havia torcida nenhuma, nem juiz e estávamos só em quatro jogando. É isso aí.

e-mail :edsontomazdesouza@gmais.com

E Souza
Enviado por E Souza em 31/05/2014
Reeditado em 04/01/2015
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