O Sentimento
Todos os serviços manuais eram feitos por robôs. Havia é claro algumas exceções. O paradigma da exceção não perdera sua validade mesmo no ano quatro mil e cinquenta.
Robos cabeleireiro, cozinheiros, motoristas, frentistas, zeladores, etc, etc, etc, e para não me chamarem de machista, por favor coloquem todas as profissões que citei no feminino também.
Os robôs mais interessantes eram os entregadores de lanches rápidos. Eles voavam por entre as pessoas, automóveis e prédios fazendo suas entregas. De vez em quando um batia em alguma coisa, pois, o sensor falhava. Por causa disso todas as pessoas eram obrigadas a andarem de capacetes e coletes a prova de entregadores. Fora isso eles eram bem práticos. Não recebiam dinheiro, só cartão. Todos tinham uma máquina de “passar” o cartão. Aliás o dinheiro , como conhecemos, não existia mais. Só existiam moedas e essas eram de um material que ninguém era capaz de falsificar , pois, o mesmo vinha de outro planeta.
Havia robôs de todos os tamanhos e alguns imitavam perfeitamente grandes dinossauros em parques temáticos outros faziam o papel de abelhas e fabricavam algo parecido com o mel, mas ficava bem longe do sabor do mel verdadeiro.
Havia também os robôs que se transformavam desde uma cama até uma moto, o mesmo robô é claro e outros que escreviam crônicas. Poesia não. Nunca haviam conseguido e não iam conseguir nunca. Poesia é coisa de humano. Crônica vá lá! Mas poesia? Nunca.