Com a força do pensamento

Homens importantes e que vestiam terno estavam conversando sobre o quanto a tecnologia facilita a vida de quem precisa fazer anotações. E um deles informou que já há estudos para que em breve possamos escrever sem cansar os dedos: apenas pela força do pensamento. Bastará olhar para uma tela, se concentrar e logo sairá escrito tudo o que pensamos. Decidi fazer um teste, até para não fazer feio quando essa tecnologia chegar. Com a força do pensamento, escrevi Chapeuzinho Vermelho.

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Chapeuzinho Vermelho era um menina que, bem, usava um chapéu vermelho. E provavelmente pequeno. Delícia esse biscoito de queijo. Ela atravessava a floresta para entregar uma cesta de pães para a avó doente. Vou pegar mais um. O caminho da floresta se dividia. Tenho que carregar meu celular. E mudar de canal. Novela ou Ratinho? O caminho da floresta se divida em dois. Um era longo e seguro, o outro era curto e perigoso. Ratinho mesmo. A menina tomou o caminho curto e foi vista por um lobo, que sugeriu que ela fosse pelo outro caminho. Parece quinta-feira, mas hoje ainda é quarta. Amanhã tenho que. Ela decidiu seguir a orientação do lobo. E esses protestos aqui em Brasília? Até a Taça da Copa tiveram que esconder. Esqueci de ver o jornal hoje. Enquanto isso, o lobo chegou pelo caminho mais curto à casa da avó. E devorou a vovó. Que droga, Ratinho, desde ontem que você promete revelar o terrível segredo desse homem. E devorou a vovó. Eu teria ido ver essa taça, se não fosse obrigado a comprar uma Coca-Cola. O lobo se vestiu então com as roupas da velhinha e aguardou Chapeuzinho. Quando ela. Coceira boba essa. Quando ela chegou, notou que a avó estava estranha. Mas também, só faltava não notar. Meu, que meleca eu fiz agora que desformatou todo o texto? Dá-lhe Ctrl Z. E falou para ele: “Por que esses olhos tão grandes?” Não contou? Não contou o segredo hoje também? Tomá banho, Ratinho. Ah, eu desisto, não levo jeito pra isso. E viveram felizes para sempre.