A OBRA DE AYRES KOERIG.

Um homem conhece-se por sua jornada e por seu pensamento que faz grafar. Conheci faz pouco tempo por esta máquina mágica o Ayres koerig. Sem dúvida pessoa singular por todos os motivos, pois além de estimado professorado realçado por Alexandre Rocha na orelha de livro recebido, é abençoado por submeter-se às bênçãos de sua religião da qual é Ministro da Eucaristia.

Nos dias atuais, quando o Cardeal Bergoglio, Papa Francisco, ressuscita a Igreja contaminada pelas mãos do homem, Ayres Keorig incorpora o Ministério da Eucaristia como discípulo maior de Cristo, pelas virtudes a tanto elevado, sem vínculos clericais, por exclusiva sinceridade religiosa, tendo a subida honra de dar em comunhão o Sagrado Corpo de Cristo, ficamos certos que a humanidade tem exemplos a seguir e nem tudo está perdido.

Recebi dois livros de sua obra e como guloseima, “sem parar”, os degustei de uma assentada, tal a sedução que os envolve. Minha mulher me acompanhou na troca de livros e leitura dos mesmos. Ficou encantada, e é leitora exigente e voraz. Se deliciou com fatos que comentou como a revolução de trinta e o esvaziamento da cidade ameaçadas as mulheres.

Com expressivo e nuclear título que envolve a humanidade desde que se tornou consciente, “DE ONDE VIEMOS E PARA ONDE VAMOS” conta as histórias do autor em suas caminhadas, partindo da corrida inicial frenética com original humor todo seu, destacando sua disputa para nascer entre milhares de gametas.

Sinaliza sua caridade orando até hoje pelo médico que o salvou em grave infecção aos oito anos de idade e relembra do mesmo passo, saudoso, o amigo Lauro, com carinho. Reporta mistério que nos liga mais fortemente à fé, como o acontecido com sua mãe, falecida no dia de São José, análogo em gênero ao da minha irmã, Maria Auxiliadora, falecida no dia de N.S. Auxiliadora, 24 do corrente mês, quando para a Santa levava eu flores como faço todo o ano, e a fato semelhante na ida de meu pai, em coma por doze dias, esperando exclusivamente a visita de sua fé para partir, quando na unção extrema que se ia ministrar abriu os olhos, com expressão, estendeu a mão para o padre seu amigo, recebeu o sacramento e partiu. Um lacre da crença a descortinar o seu e nosso “para onde vamos?”, e a ratificá-lo.

Impressiona, contudo, e invade a consciência religiosa pura, a inserção no sacrário da alma de sua visão “VIDA E MORTE DE JESUS CRISTO”, lapidada no credo como ourivesaria.

“MORTE SÚBITA”, sua derradeira viagem ficcional, faz a transcendência acreditada quando o desconhecido abre a porta aos desígnios vedados à inteligência, e o faz de forma abrigada com tranquilidade espiritual própria dos que estão na Paz do Cristo. E traça uma possibilidade teísta fortíssima entre tudo que o “para onde vamos?” de todas as vertentes tem discorrido e discutido.

O monopólio da espiritualidade inexiste e religião alguma retira do espiritualizado sua fé conceitual. É princípio confessional intimista, personalíssimo e universalizado. Ayres desenha com o privilégio do empirismo e do alto de sua jornada frutuosa a riqueza em condutas. Aponta, apreciando a obra de Raimundo Correa, sua convicção pessoal lastreada no caráter, como escolha, lavada na emoção existencial, dizendo “que a humildade e o perdão são as virtudes essenciais do homem e da mulher”, e sob esse paradigma o ser humano deve dirigir a vida e os ensinamentos.

De “FLORES DE OUTONO”, “Os Bolinhos da Vovó” e “A Vingança do Judeu” são de incrível criatividade, sem desmerecer outros, e seus desfechos nos levam a seguidas e incontroláveis risadas. Minha mulher observou, “ele deve ser uma pessoa muito interessante”.

Como já disse em comentário a texto seu, mais que isso e de forma emblemática, é um exemplo. Disso dá testemunho incontestável essas duas obras que agradeço imensamente ter recebido e indico para quem queira enriquecer suas horas de leitura.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 29/05/2014
Reeditado em 29/05/2014
Código do texto: T4824336
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