A COPA DO MEDO.
Ônibus da seleção assediado no Galeão, primeira página do Globo, "Segurança falha no primeiro teste."
Arnaldo Jabor, com seu indiscutível talento, faz hoje crônica sobre a Copa do Medo em contraponto ao que foi a de 1950, a Copa da Esperança, de triste memória pela frustração que trouxe. Eu estava lá com meu pai, menino.
E Jabor reflete com irrespondível certeza o que ocorre diante da notoriedade dos fatos articulados ao final que transcrevo, sic: “Somos hoje uma nação de HUMILHADOS E OFENDIDOS, debaixo da chuva de MENTIRAS POLÍTICAS, violência e crimes SEM PUNIÇÃO. Descobrimos que o país é dominado por ladrões de galinha, por batedores de carteiras e traficantes(creio que são mais sofisticados). E mais grave: a solidariedade natural, quase “instintiva” das pessoas está acabando. JÁ HÁ UMA GRANDE VIOLÊNCIA DO POVO CONTRA SI MESMO. Garotos decapitam outros numa prisão, ônibus são queimados POR NADA (prejudicando a própria locomoção), meninas em fogo (entendo como fogo sexual que gera natalidade irresponsável e concebe, lançando ao mundo um exército de marginais abandonados), presos massacrados (e sistema prisional falido em todos os aspectos, reféns do preso os administradores de penas mínimas e toda a sociedade), crianças assassinadas por pais e mães (fato nunca visto), uma revolta sem rumo (espero que não), um rancor geral contra tudo (que compreende-se).Repito, estamos vivendo uma mutação histórica. É possível que tenhamos caído de um terceiro mundo para um quarto mundo. O quarto mundo é a paralisação das possibilidades.” CAIXAS ALTAS E PARÊNTESES NOSSOS.
Com ou “sem vergonha” de ser brasileiro, como discutido nos últimos dias, ninguém minimamente informado pode contrariar a notoriedade.
EM DIREITO PROCESSUAL, ONDE SE DECIDEM AS QUESTÕES, O PRINCÍPIO DE QUE “O FATO NOTÓRIO INDEPENDE DE PROVAS”, É FUNDAMENTAL E INCONTESTÁVEL.