CURIOSIDADES DE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO
Sábado pela manhã, seguimos uma viagem nova, vamos conhecer São José do Rio Pardo, onde mora parte da família de um amigo nosso, o Hermes, aqui
do Recanto das letras, uma pessoa que me trouxe
para este site onde eu recomecei a escrever há alguns anos atrás.
A manhã está bonita, o tempo bem fresquinho, e vamos em dois casais: ele e a esposa e meu marido e eu.
A conversa rola solta, a viagem transcorre agradável, e chegamos em duas horas. Somos muito bem recebidos,
a mãe do nosso amigo é uma senhora simpática e suas filhas ajudam a nos receber com alegria.
Participamos de um almoço delicioso, a feijoada está perfeita e completa, feita pela filha mais velha que está ali também passando o final de semana conosco, há até laranjas picadinhas como meu pai gostava de fazer. Nossa, dá saudade de tempos que vivi! Depois vamos conhecer a cidade que é pequena, tem uns setenta mil habitantes, mas percebo que é bem cuidada, as casas bem conservadas. Há muitas construções antigas, belos casarões. Seguimos então para conhecer o tão famoso Rio Pardo, que já vimos quando estávamos chegando. Há uma Usina Hidrelétrica feita ali. Nosso amigo nos
conta que há algums anos houve uma grande enchente na cidade e ela ficou incomunicável por algum tempo.
Chegamos às margens do Rio e nos depararamos com imagens belíssimas. A natureza está muito preservada,
e o Rio ainda conserva suas características e limpidez.
Ele forma uma pequena ilha e ali foi feito um pequeno
zoológico com algumas espécies de animais bonitos.
Há macaquinhos, araras, gatos do mato, tucanos, patos,
avestruzes e outros mais.
Vamos fotografando tudo com entusiasmo e então nos contam que no local ergueram uma ponte que foi
depois refeita por Euclides da Cunha e vemos a cabana onde ele se abrigava para ficar escrevendo enquanto a
ponte era construida. Lembramos então da mini-série:
"Desejo" que foi exibida pela rede Globo há alguns anos
atrás e conta a história de Euclides e sua esposa.
Um drama verdadeiro e tocante.
A ponte está bem conservada e foi pintada recentemente.
A cabana com teto de zinco, onde ele ficava ganhou uma redoma de vidro para não estragar com a ação do tempo.
Há no local um memorial onde estão os restos mortais
de Euclides da Cunha e de seu filho.
O lugar tem uma magia, um encantamento. Há uma mistura de História e Natureza ali que nos fascina.
Nosso passeio segue, vamos conhecer mais alguns pontos turísticos da cidade.
As torres das Igrejas aparecem nos alto das ruas, onde
foram erguidas. A maior delas é a da praça central, onde
o padroeiro é São José.
O dia segue assim tranquilo, e nós planejamos um jantar
especial numa casa de massas que existe pertinho da casa
da nossa anfitriã.
É uma cantina Italiana muito aconchegante, as massas
são feitas pelo próprio dono do restaurante. Ele vem nos
receber e nos acolhe com muita gentileza. O cardápio é
variado e escolhemos peixe, rizoto e massas frescas com
um bom vinho tinto para acompanhar.
A sobremesa também é deliciosa.
A noite termina com um bom descanso, e nos sentimos
como filhos, ali naquela casa tão bem cuidada e acolhedora.
Dormimos muito bem nesta noite fresca de outono.
A manhã irrompe alegre, nos reunímos para um lauto
café da manhã. Todos provam do bolo de iogurte, que eu levei e a mesa está farta, o cafezinho de Dona Blandina é muito gostoso, porque vem da roça e o aroma é inconfundível.
A conversa rola descontraida e depois vamos passear
mais um pouco. Peço para ir até a praça, porque um imenso Ipê Roxo chamou minha atenção no dia anterior.
Chegamos rapidamente lá e descemos do carro. Percebo
que a praça é grande e bem cuidada. Não conseguimos
entrar na Igreja porque ela está fechada, já é quase meio dia e a missa já acabou.
Ficamos por ali passeando e fotografando tudo. A fonte é bonita, mas o que me chama a atenção além do grande Ipê, são as estátuas de personagens da mitologia grega que tentamos identificar e depois compreendemos que simbolizam as quatro estações do ano.
Tentamos então identificar:
Esta talvez seja Deméter,
por causa do ramo de trigo ou outro cereal que traz nos braços.
Zeus ou Netuno?
Este não sabemos realmente se é Zeus ou é outro personagem, mas pela Hierarquia supomos que seja ele.
Flora ou Clóris
Também não temos certeza sobre esta imagem. As flores que ela traz, nos faz imaginar que seja Flora também chamada de Clóris.
Dioníso ou Baco
Este temos certeza que é Baco, por causa das uvas que traz consigo.
Fotografei nosso amigo Hermes junto à estátua porque
ele é um conhecedor de vinhos e pertence a uma Confraria
que estuda o assunto.
Depois de tudo fotografado vamos buscar sorvete para o almoço de logo mais, vamos tomar como sobremesa junto a um doce de bananas que eu fiz em Franca e trouxe para eles. O almoço é animado, juntamos as duas filhas de Dona Blandina e seu filho Hermes e dois netos, filhos das filhas dela. Vamos saboreando um petisco, uma cervejinha ( que eu misturo com guaraná, rs) e pedaços da torta de frango que eu também trouxe de presente. O prato principal é um Contra filé assado que vou aprendendo a fazer com a filha caçula de Dona Blandina. Fica muito saboroso assim recheado com linguiça e baycon.
As horas passam alegres e nós também as imortalizamos com várias fotos,
Meu marido e eu junto ao fogão de lenha
Nosso amigo Hermes com sua mãe e esposa Cláudia
e tantas outras que vamos clicando para guardar com carinho.
Mas já é hora de retornar , a tarde vai chegando ao seu final. Voltamos para pegar nossa bagagem na casa da Matriarca da família e não posso deixar de ver a crônica que o Hermes fez para seu pai e deixou num folder na sala de estar.
A crônica é muito bela, fala dos olhos azuis do Sr. Irineu Falleiros e de um carinho imenso entre pai e filho. Esta crônica está aqui no recanto das Letras, na escrivaninha do HERMES, http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/665016 quem quiser pode acessar para ler, é muito bonita.
O Hermes com seu nome que também é da mitologia
grega, teve uma importância grande em minha história como poetisa e escritora porque foi através dele que cheguei aqui no Recanto das Letras e recomecei a escrever. Sou muito grata a ele por isso.
Chega a hora da partida, nos despedimos de todos e voltamos para nossa cidade querida, nossa Franca do Imperador. A volta é feita com todos meio cansados,
mas felizes. Meu marido ajuda o Hermes e dirige o automóvel a metade do trajeto. A noite aos poucos vai caindo e nós chegamos.
Foi uma viagem fascinante!