Diário de Sonhos - #077: Asteroide B-612
Sonhei que estava em casa. Era noite e eu me aprontava para ir para o trabalho. Em casa também estava meu irmão e Elianinha, uma mulher que tomava conta de mim quando eu era mais novo. Estou me aprontando para sair para o trabalho, e estou atrasado. Na verdade, faltam apenas cinco minutos para bater e eu ainda estou em casa. Apresso-me. Antes de eu sair, Elianinha me chama e diz que estou esquecendo o chaveiro. Olho para o céu. Está uma bonita noite de Lua. Tem uma Lua cheia, outra minguante, outra crescente, e mais outra nova.
"Tem muita Lua no céu hoje", comento. Elianinha concorda. Olho para o céu de novo. As Luas na verdade são asteroides que vêm de encontro à Terra. "Este é o fim do mundo, sabia?", pergunta Elianinha. Respondo que sim, mas preciso ir pro trabalho. Olho para o céu novamente. Vejo imensos pedaços de rocha com quilômetros de extensão, caindo e girando a toda velocidade. Os asteroides são tão grandes que cobrem quase todo o céu. Há dezenas deles. Pergunto-me em qual deles o Pequeno Príncipe mora.
Agora estou no ônibus, com meu amigo Lucas. O ônibus está cheio, mas estamos sentados confortavelmente num canto e conversando. O ônibus para e todo mundo começa a descer. "Mas aqui não é o Parque Dom Pedro!", reclamo. O motorista responde que o ônibus não vai mais direto pra lá. É preciso pegar outro ônibus na estação terminal. Entro em outro ônibus, que também vai cheio. Eu e Lucas estamos sentados longe um do outro, e em locais desconfortáveis. O cavalheiro ao meu lado fuma charuto e não para de tossir.
Vinte e seis de maio de dois mil e quatorze.