Museu e seus motivos...
Não sei se naturalmente por instinto ou simplesmente por hábito, o homem é um animal colecionador. Ao longo da sua vida, guarda coisas, como elas simbolizassem fatos, atos e pessoas. Além disso, despertassem a memória das circunstâncias que compuseram com o colecionador uma relação de parceria. Até casos etéreos, como os amorosos, são listados para a recordação; na verdade, a quantidade de objetos colecionados convence-nos de que aquilo se trata de uma coleção, é o que nos ensinam Mirabeau Dias, exímio colecionista de carros antigos, de discos e de revistas em quadrinhos, Tereza Cittadino e Ana Maria Farias, das obras de Flávio Tavares, e José Augusto Peres, de tantas belas corujas. Alceu Amoroso Lima, em “Idade, Sexo e Tempo”, escreve páginas sobre o homem, na sua última faixa etária, defendendo em casa suas lembranças guardadas numa gaveta, num cofre. Por isso, não troca a liberdade possível na casa, onde “junta coisas velhas” suportando reclamações da mulher, pela segurança de qualquer apartamento... Caso se mude, briga, até carregar consigo coisas consideradas esdrúxulas, mas para ele, valiosas preciosidades.
Prolonguei-me sobre o colecionismo, ao abrir a XII Semana de Museus, promovida pelo IBRAM e, aqui, organizada pela Fundação Casa de José Américo que preserva a coleção das coisas, do seu chinelo ao chapéu, livros, jornais, óculos, canetas, relógios, fardão, nos móveis, na casa, do imortal da Academia Paraibana de Letras e da Academia Brasileira de Letras, José Américo de Almeida. Também na FCJA, encontram-se esse ilustre brasileiro paraibano e sua digníssima esposa Alice, no lindo mausoléu, do arquiteto Bahram Knorramchahi, agora recuperado pelo Governo do Estado, para a reverência dos que honram, seguindo Amoroso Lima, o autor de A Bagaceira como inventor de uma nova literatura brasileira. Daí, na FCJA, haver o Museu Casa de José Américo, também em recuperação e que, por isso, será mais visitado pelos paraibanos e por aqueles que fazem turismo na Paraíba.
Há até quem segrede lista de namoros a lembrar a vaidade dos tempos de conquistador ou de conquistadora; esconde, mas coleciona paixões. Para sua coleção de adágios, eis Machado de Assis, em Quincas Borba: “Quem conhece o solo e o subsolo da vida sabe muito bem que um trecho de muro, um banco, um tapete, um guarda-chuva são ricos de idéias ou de sentimentos, quando nós também o somos, e que as reflexões de parceria entre os homens e as coisas compõem um dos mais interessantes fenômenos da terra”.
http://www.drc.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=4818053
Prolonguei-me sobre o colecionismo, ao abrir a XII Semana de Museus, promovida pelo IBRAM e, aqui, organizada pela Fundação Casa de José Américo que preserva a coleção das coisas, do seu chinelo ao chapéu, livros, jornais, óculos, canetas, relógios, fardão, nos móveis, na casa, do imortal da Academia Paraibana de Letras e da Academia Brasileira de Letras, José Américo de Almeida. Também na FCJA, encontram-se esse ilustre brasileiro paraibano e sua digníssima esposa Alice, no lindo mausoléu, do arquiteto Bahram Knorramchahi, agora recuperado pelo Governo do Estado, para a reverência dos que honram, seguindo Amoroso Lima, o autor de A Bagaceira como inventor de uma nova literatura brasileira. Daí, na FCJA, haver o Museu Casa de José Américo, também em recuperação e que, por isso, será mais visitado pelos paraibanos e por aqueles que fazem turismo na Paraíba.
Há até quem segrede lista de namoros a lembrar a vaidade dos tempos de conquistador ou de conquistadora; esconde, mas coleciona paixões. Para sua coleção de adágios, eis Machado de Assis, em Quincas Borba: “Quem conhece o solo e o subsolo da vida sabe muito bem que um trecho de muro, um banco, um tapete, um guarda-chuva são ricos de idéias ou de sentimentos, quando nós também o somos, e que as reflexões de parceria entre os homens e as coisas compõem um dos mais interessantes fenômenos da terra”.
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