VOVÓ MIRALDA E EVO MORALES

Vovó Miralda começara a discutir política de uns tempos para cá. Uns falavam que era o efeito dos remédios para demência. Outros diziam que a vovó se revoltara com os dizeres de um político mineiro, que insistira que a opinião pública não vale nada, o que interessa é o povo. Afinal, povo vota e opinião não dá direito a uma vaga na câmara. O certo que ela começara a disparar o bordão: “vocês vão ter que me cuspir”. Só bicarbonato de sódio para dar jeito na vovó.

A discussão desta vez tomou proporções internacionais. Ela decidira meter “o dedão onde é chamada”. Um interlocutor do governo enviou um comunicado e queria a qualquer custo a doce vovó no Palácio do Itamaraty. A doce megera iria mediar à negociação das refinarias brasileiras com a Bolívia.

O que tem a ver o Evo Morales com a vovó Miralda? Descobriram um parentesco distante da vovó com o finado mineiro Zacarias dos Trapalhões, que, por conseguinte era também parente distante do Evo. Hoje, ninguém escapa das maravilhas da medicina: DNA, Loção Ante calvície Capim Danda de Paraopeba-MG; Medicina Alternativa de A a Z e Gincobiloba, além do famoso Chá de Erva Verde da vovó.

Como de costume, em qualquer discussão, a vovó só entra na mesa de baralho. Imaginem os diplomatas no “canastrão da vovó”. O cerimonial mandou buscar na casa da megera, a aquela velha toalha de mesa, ou melhor, de praia e o aquele velho e surrado baralho com a estampa de um finado deputado.

Olhem que a vovó consegue contornar cada situação no “mensalão”, ou melhor, “canastrão”. Uma prima distante lá de “Ameroencion” ( Almenara – MG), dizia sempre, que a prima Miralda era melhor que todos os mediadores do governo. Os preços das refinarias brasileiras seriam decididos no “palitinho”. Tal método adotado pela famigerada vovó, era usado frequentemente na disputa pelo frango da víspora, ou melhor, da tômbola. No caso de empate, era milho e cartela pra todo lado!

Ademais, o método do “palitinho” corrobora com a passividade do governo diante de certas situações políticas! Afinal, é uma estratégia simples, mas é uma estratégia de decisão.

- “Quem não tem chão vai de sapato” falara vovó Miralda.

- Isso mesmo! O preço saíra no palitinho Gina! Aquele da coxinha de “Kapupiri”. Falara Vovó.

- Não será o preço justo! Argumentara um diplomata, que era formado em economia por Harvard.

- Você já vai baixar o jogo! Então não intromete, “aqui não pica pau”. Falara a vovó com aquela soberba.

Neste momento a vovó colocou ordem na casa, como boa mediadora soltou uma pérola:

- Não aceito pressão! Ora bolas, se nem “prisão de vento”, eu aceito!

- Querem saber passem tudo de graça ( free) para a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) , e melhor que ficar na mão da “Ynocentes Mamíferos dos Políticos Brasileiros” ( YMPB).

Osório Antonio da Cunha
Enviado por Osório Antonio da Cunha em 10/05/2007
Reeditado em 13/05/2007
Código do texto: T481669
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