VIOLÊNCIA NO BRASIL
VIOLÊNCIA NO BRASIL
A violência que graça no Brasil é de caráter urbana. Para chegarmos a essa conclusão não seria muito difícil, no entanto, o governo que está aí seja municipal, estadual e federal não tem planejamentos e as incursões para diminuir essa violência são frágeis e debilitadas. Não precisamos ser especialistas em segurança pública para chegarmos a essa conclusão. Basta um olhar clínico para as periferias brasileiras, sejam grandes, médias ou pequenas e notarmos que a ação do Poder Público é inexistente. Nesse detalhe é que a criminalidade se instala com mais facilidade.
Os jornalistas brasileiros não falam nos chamados espaços segregados. O que seria isso? Áreas urbanas em que a infraestrutura de equipamentos e serviços, entre eles: Sistema viário, saneamento básico iluminação pública, energia elétrica, lazer, transportes, equipamento culturais, segurança pública e acesso a justiça são barreiras intransponíveis para a maioria da população. O que citamos acima em termos de qualidade ou é precária ou não existe. Outro ponto forte que contribui para a marginalização e a criminalidade é a baixo e quase inexistente postos de trabalho.
Qual governo brasileiro que investe maciçamente no social? Nenhum. A Miséria é um filme que passa todos os dias na visão dos brasileiros. A impessoalidade das relações nas grandes cidades ou metrópoles e a desestruturação familiar também são causas e efeitos da violência. Os laços familiares cortados passam uma família forte e estruturada para uma problemática sem fim. Famílias que passam pela desestruturação familiar existe a probabilidade de uma criança vir a cometer um crime na adolescência .
E é o que vem acontecendo atualmente. O governo tem que recolher esses meninos de rua e dar o destino que eles merecem. Os flanelinhas que estão nos semáforos são outro tipo de perigo para os motoristas. A violência que ocorre em nossa querida Fortaleza e os crimes que acontecem diariamente sempre tem a presença de um menor de idade. Isso, significa que as famílias estão desestruturadas. Esse quadro pode levar a crimes e assassinatos até no meio familiar. Pai e mãe matando filhos e vice-versa de vários "Modus Operandi". No entanto, alguns especialistas afirmam que essa causa deve ser vista com cautela. Desestrutura familiar, por exemplo, não quer dizer, necessariamente, ausência de pai ou de mãe; ou modelo familiar alternativo. A desestrutura tem a ver com as condições mínimas de afeto e convivência dentro da família, o que pode ocorrer em qualquer modelo familiar. Também não é o desemprego,. mas o desemprego de ingresso, é quando o jovem procura o primeiro emprego, objetivando sua inserção no mercado formal de trabalho, e não obtém sucesso, tem relação direta com o aumento da violência, porque torna o jovem mais vulnerável ao ingresso na criminalidade.
Na verdade, o desemprego, ou o subemprego, mexe com a autoestima do jovem e o faz pensar em outras formas de conseguir espaço na sociedade, de ser, enfim, reconhecido. Esses fatores são preponderantes e de quem é a culpa? Nos estados a culpa é dos governadores, nos municípios dos prefeitos e no âmbito nacional do próprio governo Federal. Político hoje em dia não trabalham em cima de planejamos sociais e sim no poder de locupletação. Nunca presenciamos no Brasil uma corrupção tão grande como agora. Vejam que um representante político ganha muito bem, a despeito de quem trabalha pelo social, professores, médicos e policiais que são totalmente desassistidos e sem nenhuma opção de melhora.
O crescimento do tráfico de drogas, por si só, é também fator relevante no aumento de crimes violentos. As taxas de homicídio, por exemplo, são elevadas pelos “acertos de conta”, chacinas e outras disputas entre traficantes rivais.O homem que vive na ociosidade só pensa no mal e é nesse viés que entra o crime organizado. Relaxaram no controle social, deixaram jovens promissores a ver navios e outros sem condições de estudar e assim a praga da violência aumentou substancialmente. Dos 184 municípios cearenses será que O IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) tem condições de informar quantas famílias passam privações e quantos pais de famílias vivem abaixo da linha da pobreza.
Sabe-se que 70% da população brasileira ganha até três salários mínimos. Outro grande número vivem abaixo da linha da pobreza com renda de R$ 70 reais por mês., outro fator que infla o número de homicídios no Brasil é a disseminação das armas de fogo, principalmente das armas leves. Discussões banais, como brigas familiares, de bar e de trânsito, terminam em assassinato porque há uma arma de fogo envolvida. O governo deve combater com rigor o uso da arma de fogo ou quem usa arma de fogo inadequadamente.
Nos crimes mais violentes antigamente a arma usada era a branca, hoje são armas de grosso calibres, revólveres, pistolas e nunca foi tão fácil adquirir uma arma de fogo. Tem gente ganhando dinheiro alugando essas armas para criminosos praticarem crimes. A população está desamparada, visto que a inércia e a irresponsabilidades dos governos é grande. Quando o povo reclama o político incauto se torna mal educado e responde o eleitor com rispidez, pois sua valentia tem como ponto forte o poder. Tem políticos aqui no nosso Ceará que são vezeiros nessa prática. Nossos políticos não tem massa cinzenta para planejar o bem para a população, visto que seu orgulho e bem maior de que suas atitudes. Se continuar assim nós estaremos fadados a voltarmos ao tempo da inquisição.
Tem outra ponto que contribui para a continuidade da violência, a maneira como o justiça libera pessoas delinquentes, talvez por falta de presídios ou por falta de espaço físico para educar esses meliantes. Tem muito mais meliantes soltos do que presos. A cabeça brasileira está doente e o corpo está padecendo. Os crimes se repetem e quem combate essa criminalidade estão mais propensos a serem vítimas da marginalidade. E a violência continua. Até quando? Quando as autoridades criarem vergonha na cara e passem a trabalhar em prol da população esquecendo suas contas bancárias, seus patrimônio e o egoísmo pelo poder.
Cresce o número de jovens do sexo masculino, principalmente aqueles moradores em regiões periféricas que são vítimas da violência. Os jovens brasileiros estão sendo vítimas de homicídio. Esse detalhe tem uma razão específica. O abandono da escola mais cedo, a falta de emprego formal são vieses que levam o jovem a praticar crimes contra o patrimônio, como assaltos e roubos. Hoje, a situação se agravou ainda mais, visto que, esses assaltos e roubos tem a participação de menores infratores e são normalmente acompanhados pela morte da vítima.
As jovens estão aderindo, mesmo que acanhadamente, a essa prática deletéria. As vítimas dessa violência são jovens de ambos os sexos e de um perfil bem diferente, pois possuem renda e escolaridade mais elevadas e residem em bairros mais abastados. Os crimes sexuais, principalmente contra mulheres são praticados por homens. A estatística de um modo geral fica prejudicada já que os estupros acontecem no meio familiar e onde existiram relacionamentos. O atentado violento ao pudor não foge a regra. Familiares, parentes, amigos ou pessoas conhecidas da família são os agressores na maior parte dos crimes, maus tratos e de abuso sexual contra crianças.
A segurança deve ser considerada um direito de cidadania, pois significa liberdade (respeito ao indivíduo) e ordem (respeito às leis e ao patrimônio), que são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social. Estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento estimam que os custos da violência atingem 10% do PIB, algo em torno de R$ 130 bilhões. São recursos que deixam de gerar empregos na cadeia produtiva, de investimentos e consumo, favorecendo a expansão apenas dos serviços especializados de segurança. O estudo da FGV calcula que o número de vigilantes hoje no Brasil é 3,5 vezes o contingente das forças armadas nacionais, com o agravante de que esses primeiros possuem qualificação discutível e andam armados (vide “Desarmamento”). Segundo o site:( http://www.inf.ufes.br/) as causas da violência podemos citar:• As múltiplas carências das populações de baixa renda, precariamente assistidas nas periferias das grandes cidades, tornam seus integrantes, especialmente os jovens, suscetíveis de escolha de vias ilegais como forma de sobrevivência ou adaptação às pressões sociais.
A opção ilegal é favorecida pela tolerância cultural aos desvios sociais e pelas deficiências de nossas instituições de controle social: polícia ineficiente, legislação criminal defasada(o que gera impunidade), estrutura e processos judiciários obsoletos, sistema prisional caótico. A interação entre essas deficiências institucionais enfraquece sobremaneira o poder inibitório do sistema de justiça criminal.• De maneira geral as polícias têm treinamento deficiente, salários incompatíveis com a importância de suas funções e padecem de grave vulnerabilidade à corrupção. A ineficiência da ação policial na contenção dos crimes, assim como o excessivo número de mortes de civis e de policiais, decorre dessas deficiências e do emprego de estratégias policiais meramente reativas e frequentemente repressivas.
O emprego de tecnologia de informação ainda é incipiente, dificultando o diagnóstico e o planejamento operacional eficiente para a redução de pontos de criminalidade. Nesse planejamento são precárias as iniciativas de integração entre os esforços policiais e as autoridades locais para promover esforços conjuntos de prevenção e redução dos índices de violência. Para se tomar medidas visando a exterminação ou diminuição desse mal é preciso:1) Realização de projetos sociais com intuito de diminuir a desigualdade social. Abrindo outros caminhos, além dos caminhos criminosos que fomentam a violência, à população de baixa renda (principalmente aos jovens). Por exemplo: É fato que ,hoje, a Informática é um pré-requisito básico para as pessoas que disputam um lugar no mercado de trabalho. No entanto, grande parte da população não tem condições financeiras para adquirir este conhecimento. Uma primeira forma de ajudar, seria oferecendo condições a estas pessoas de disputarem um emprego, através da disseminação do conhecimento em Informática.
Criação de um instituto de estudos e pesquisas de segurança pública para desenvolver pesquisas sobre o controle da violência e promover o desenvolvimento de modelos de organização, de gestão e de processos mais eficientes e eficazes para as polícias. Outra função importante desse instituto seria o planejamento e coordenação de programas de formação e capacitação das polícias, e, para tanto, deveria assumir a direção da Academia Nacional de Polícia. Inteligência criminal: desenvolvimento dessa área praticamente inerte na maioria das polícias, com a adoção de métodos, processos e instrumentos de busca e processamento de informação sobre criminosos. Essa área deve receber recursos para aquisição de licenças de softwares de inteligência e de treinamento específico, além de promover a interação com outras agências de inteligência, inclusive dos países fronteiriços.
O sistema de inteligência de segurança pública deve ser plenamente implantado em todos os Estados para a troca ágil e segura de informações sobre atividades de indivíduos e grupos criminosos. O tratamento intensivo e contínuo das atividades do crime organizado deve receber particular ênfase, principalmente sobre o tráfico de drogas, contrabando, pirataria, roubo de cargas, furto e roubo de veículos, jogos ilícitos e crimes financeiros. Nessa área devem ser exploradas todas as possibilidades de integração com os serviços de inteligência da Polícia Federal. Cadastros nacionais: o atual Sistema de Informação de Justiça e Segurança Pública (Infoseg) deve ser aperfeiçoado para receber dados atualizados e de qualidade dos Estados quanto a condenados procurados, cadastro de armas e veículos, pessoas desaparecidas, arquivos de fotos dos principais criminosos de cada unidade federativa e dados relevantes de inteligência. O Infoseg deve integrar arquivos semelhantes existentes na Polícia Federal.
Tecnologia da informação: o desenvolvimento de bancos integrados de dados criminais e sociais, a implantação de sistemas de geo-referenciamento e de sistemas de análise dos dados para identificar perfis criminais, padrões e tendências de cada área, pontos críticos e evidências de atuação de indivíduos e grupos criminosos. Devem ser desenvolvidos instrumentos e métodos para o monitoramento de crimes e planejamento de intervenções focalizadas para sua redução em curto prazo. Esses instrumentos e métodos também podem favorecer, através da análise ambiental dos pontos críticos de criminalidade, a integração com outros esforços de prevenção como a participação de guardas municipais e ações das prefeituras na correção de problemas locais que favorecem a ação criminosa.
Concluímos que a violência no Brasil atingiu índices inaceitáveis e a grande dificuldade em se por um fim a esse mal é a multiplicidade e grandeza de suas causas. O que existe é um ciclo vicioso: Condição econômica do país -> Desigualdade social - Crimes - Violência - Polícia ineficiente (condição econômica do pais). Tratar problemas como este exige total participação da sociedade e empenho singular dos órgãos administrativos.(Fonte: http://www.serasaexperian.com.br/). A ONU considera aceitável o índice de 10 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. Nessa faixa estão países desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, europeus e asiáticos. O Brasil, porém, com mais do que o dobro desse patamar, se alinha às nações mais pobres da América Latina e África. Mas como a sexta maior economia do mundo, que não possui conflitos étnico-religiosos ou políticos, enfrenta um problema tão grave? O tipo de violência urbana que se presencia no Brasil é fundamentado no crime organizado, que é a pior de todas, pois cria um poder paralelo.
Para o Estado, a violência urbana também representa dispêndios significativos. São retirados recursos da saúde, da educação e do saneamento básico para financiar a infraestrutura penitenciária, os serviços de apoio às vitimas etc. O Estado também perde com o abalo na confiança da população em suas instituições. O cidadão é muito penalizado com a violência urbana, pela perda de sua liberdade, com os riscos presentes no cotidiano, com a menor oferta de empregos e com a deterioração dos serviços públicos. Para as famílias, a perda do pai ou da mãe, na faixa etária entre 25 e 40 anos, deixa uma legião de órfãos que terá de mendigar ou aderir ao crime organizado para obter seu sustento. A violência é um ciclo que começa e termina nele mesmo, sem benefício para ninguém, a não ser para os líderes do crime organizado, na exploração daqueles que, direta ou indiretamente, foram ou serão suas vítimas.Com a palavras as autoridades políticas que governam esse País! Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AVSPE- DA AOUVIRCE - DO PORTAL CEN E DA ALOMERCE