Nada acontece por acaso
Jacinto seria mais um belo espécimen da raça humana, feliz como qualquer mortal, se o sobrenome de sua mãe não fosse “Pinto” e ela não tivesse se casado com José, descendente dos “Aquino Rego”. Com o nome de Jacinto Pinto Aquino Rego, era difícil ser feliz. O rapaz tinha sérios problemas com as gozações que sofria na escola, depois na faculdade e, posteriormente, no trabalho. Quando criança brigava quase todos os dias, mas com a maturidade passou a levar tudo na brincadeira e a aceitar as palavras de sua mãe “nada acontece por acaso, você ainda vai ter seu dia de glória, apesar desse nome infeliz que seu pai lhe deu”. Um belo dia, lendo o jornal, soube de uma gincana que um canal de televisão estava promovendo a fim de encontrar um homem que tivesse um nome embaraçoso e que, ao mesmo tempo, fosse bonito e másculo. Candidatou-se imediatamente e o prêmio – uma viagem a Nova York – foi ganho por ele, naturalmente. O simples fato de aparecer na TV já lhe abrira as portas para uma vida bem melhor, cercada de mulheres de todos os tipos. Choveram pedidos de mulheres que queriam conhecer aquele homem bonito e musculoso. Não faltaram convites para fins de semana em várias casas de moçoilas casadoiras e viúvas carentes. Jacinto, no entanto, tinha planos maiores para seu futuro. Viajou para Nova York e sua vida mudou inteiramente depois desse acontecimento. Na terá do tio Sam o nome dele não tinha a menor importância e ele poderia viver em paz. Mas como ficar por lá? Sabia que era difícil, mas não era impossível. Casou-se com a síndica do prédio onde estava morando e ganhou o direito de permanecer no país. Um dia, passando pelo Central Park, foi abordado por um fotógrafo de uma importante revista feminina que o convidou para posar nu. Claro que aceitou imediatamente e hoje é um sucesso reconhecido em todo o mundo. Na última entrevista que deu, na piscina de sua casa em Manhatan, ele disse que agradecia a Deus a união de seus pais lhe proporcionando, assim, aquele nome tão significativo no Brasil. O fotógrafo queria um esclarecimento, mas o parco conhecimento de Jacinto da língua inglesa o obrigou a desconversar.
Jacinto seria mais um belo espécimen da raça humana, feliz como qualquer mortal, se o sobrenome de sua mãe não fosse “Pinto” e ela não tivesse se casado com José, descendente dos “Aquino Rego”. Com o nome de Jacinto Pinto Aquino Rego, era difícil ser feliz. O rapaz tinha sérios problemas com as gozações que sofria na escola, depois na faculdade e, posteriormente, no trabalho. Quando criança brigava quase todos os dias, mas com a maturidade passou a levar tudo na brincadeira e a aceitar as palavras de sua mãe “nada acontece por acaso, você ainda vai ter seu dia de glória, apesar desse nome infeliz que seu pai lhe deu”. Um belo dia, lendo o jornal, soube de uma gincana que um canal de televisão estava promovendo a fim de encontrar um homem que tivesse um nome embaraçoso e que, ao mesmo tempo, fosse bonito e másculo. Candidatou-se imediatamente e o prêmio – uma viagem a Nova York – foi ganho por ele, naturalmente. O simples fato de aparecer na TV já lhe abrira as portas para uma vida bem melhor, cercada de mulheres de todos os tipos. Choveram pedidos de mulheres que queriam conhecer aquele homem bonito e musculoso. Não faltaram convites para fins de semana em várias casas de moçoilas casadoiras e viúvas carentes. Jacinto, no entanto, tinha planos maiores para seu futuro. Viajou para Nova York e sua vida mudou inteiramente depois desse acontecimento. Na terá do tio Sam o nome dele não tinha a menor importância e ele poderia viver em paz. Mas como ficar por lá? Sabia que era difícil, mas não era impossível. Casou-se com a síndica do prédio onde estava morando e ganhou o direito de permanecer no país. Um dia, passando pelo Central Park, foi abordado por um fotógrafo de uma importante revista feminina que o convidou para posar nu. Claro que aceitou imediatamente e hoje é um sucesso reconhecido em todo o mundo. Na última entrevista que deu, na piscina de sua casa em Manhatan, ele disse que agradecia a Deus a união de seus pais lhe proporcionando, assim, aquele nome tão significativo no Brasil. O fotógrafo queria um esclarecimento, mas o parco conhecimento de Jacinto da língua inglesa o obrigou a desconversar.