Vitrine de Futilidades
Podem me denominar antiquada ou mesmo chata, mas não consigo me adequar a alguns novos padrões de comportamento. Não consigo e nem quero. É difícil compreender a necessidade em expor a própria intimidade que a maior parte das pessoas possui. Exposição descomedida de sentimentos, fotos, vídeos, intenções...falta bom senso. O que comem, o que vestem, o que fazem. Na maioria das postagens uma verdadeira vitrine de futilidades. Ou mesmo como ouvi certa vez: um mar de indiretas para aqueles que se dão o inútil trabalho de espionar a vida alheia. Seja para provar algo para alguém que talvez nem elas saibam, seja por mera vaidade. Vários são os motivos. É só uma questão de opinião, mas creio que realmente tem havido um exagero. Sou adepta do ditado " O que eu ganho ou o que perco, ninguém precisa saber". Apenas as pessoas essenciais em minha vida, quem realmente se preocupa comigo: poucas. Não me sinto à vontade em desnudar sentimentos diariamente para uma centena de pessoas. Ouvi uma frase condizente com a definição atual do facebook, ou pelo menos do que fizeram dele: "Ele é o nosso avatar". Você cria um personagem e se mostra como quer, não como é. E passa a viver virtualmente. Se as pessoas soubessem usar, seria uma boa forma de interagir. Mas nós, seres humanos, adoramos desvirtuar a finalidade das coisas e inverter valores. Só sei que minha intimidade, é minha. E ninguém tasca.