Fazendo água
Fazendo água
...“Por que vocês nos tiraram do agreste, do sertão? Para nos deixar à mingua, nos matar de sede?” “Lá pelo menos tínhamos cacimbas, poços e/ou carros pipas que nos abastecia?” Quebrava os nossos secos galhos.
Nordestinos, ei, acordem! Levantem-se, olhem para o sudeste, o que veem? “A terra prometida?”
...Em romaria, amontoados em “paus-de-arara” juntos aos seus pertences, põem-se em caminhada e, como gado transportado em carrocerias, transbordando, tantos, que alguns caem pelas empoeiradas estradas e tombados por lá ficam, morrem de inanição sob o sol inclemente... Secos de sede! “São Pedro não morre de amores por esta terra aqui”. Bonzinho e sozinho o “padim” Cicero, pode pouco!
Enquanto isso na “terra prometida”...
Morto volume... Que vexame, nada de queixume!
Águas que em gotas pingam dos reluzentes bicos de tucanos bons de bico e de boa cepa e da “pura gestão”, exegetas.
Volume morto – petrificado, pedreira?-, que agredido pelo “mágico cajado” do “Alckimista”, jorrou água pura(?) – gestão pura?... Massa e Meriba, onde da rocha brotou água pura... Mas, não é Cantareira?
Culpados? Quem? Quem? Ora, o povo que gasta muita água, claro!
“Aquele que “puro, autossuficiente, soberbo”, bateu, agrediu o morto volume, não pode continuar guiando o povo na “terra prometida”. “Verá a “terra prometida” de longe, aposentado”... “Esse será o seu castigo”.
“Padilha, Padilha tome em suas mãos o cajado e guia o povo sedento de novas águas, “volumes vivos”, para irrigar do novo a “terra prometida”... Recrie novas aves... De preferência frangos caipira ...
Vá para o “governo”, Padilha!
BNandú mai/2014