Qual a causa?
A sensualidade oculta, objeto da imaginação, dos sonhos e planos distantes da realização está morta, enterrada e com enormes pedras sobre a vala, inamovíveis. Uma sepultura digna de um jeito de ser feminino e, por que não dizer, masculino também, embora esta houvesse sido mais oculta ou até mesmo desconhecida.
A mulher foi sensual, mesmo sem querer ou sequer pensar. Um botão aberto na blusa sem propósito e já um olho curioso aparecia, mas só para olhar o botão, a casa e a abertura para nada ver; um “rasgo” em ambos os lados da saia ou atrás, era uma razão para ser seguida, admirada, desejada; meias finas e sapatos altos faziam a composição ideal. Mas era apenas um desejo longínquo, sem respostas físicas imediatas. Ver apenas e admirar era suficiente. Havia no ar um perfume amadeirado de mistério, ou um olor de flores de romantismo. Nada que exalasse sexo. Como tudo era bom... Como tardava uma mão em outra mão, uma aproximação corporal de pura eletricidade...Um beijo leve nos lábios resultava em frêmito inteiramente e um respirar na nuca ofegava, quase explodia. Mas tudo era experimentado sem amostra pública, leve, quase demoradamente, mas oculto, sem platéia, ruídos ou demonstrações corporais. Estou falando de sensualidade, desejo, emoções adultas; Mesmo porque as crianças eram crianças, estava (ainda)muito além o tempo delas.
De repente, um redemoinho poeirento e “tufanado” aproximou-se dessa era... E já faz tempo... Aos poucos se foi mostrando, abalando estruturas familiares, sociais, pessoais e íntimas com invasiva e permitida ousadia e, abertamente ampla, fazia com que o corpo e suas manifestações eróticas enlouquecessem descaradamente, saíssem de uma rota, para cair em um abismo. As crianças acordaram da infância sonolenta e transformaram-se em mulheres anãs, verdadeiras mercadoras de corpo inocente, seguindo o bloco, sem saber o porquê, mas sabendo como fazer a demonstração em casa, nas escolas, nas festinhas, na rua, na praia, no caminho de ida e volta para o escancaramento. As bundas e seios precisam ser mostrados, o entortar dos corpos que se encaixam , é de lei; o ar promíscuo está nos lábios e olhos pintados, no soutien de bojo que a menina de 10 anos exibe por baixo da camiseta; os gestos e trejeitos mostram-se na passarela da sensualidade desenfreada. Não é necessário cobrir o corpo, um pedaço, uma tira de pano já dá. O ritmo da dança pede, apela, sacode, empurra, mostra como deve ser lepolepando desde a boquinha da garrafa. Resultado, o que se vê na foto . Muito há a dizer ou nada há, a não ser... o ventre mudou, a barriga da menina com 12 anos cresceu e ela não vai saber o que fazer com o que sair de lá de dentro. O menino também não.
Deus nos acuda!
Imagem: copiada do FB
A sensualidade oculta, objeto da imaginação, dos sonhos e planos distantes da realização está morta, enterrada e com enormes pedras sobre a vala, inamovíveis. Uma sepultura digna de um jeito de ser feminino e, por que não dizer, masculino também, embora esta houvesse sido mais oculta ou até mesmo desconhecida.
A mulher foi sensual, mesmo sem querer ou sequer pensar. Um botão aberto na blusa sem propósito e já um olho curioso aparecia, mas só para olhar o botão, a casa e a abertura para nada ver; um “rasgo” em ambos os lados da saia ou atrás, era uma razão para ser seguida, admirada, desejada; meias finas e sapatos altos faziam a composição ideal. Mas era apenas um desejo longínquo, sem respostas físicas imediatas. Ver apenas e admirar era suficiente. Havia no ar um perfume amadeirado de mistério, ou um olor de flores de romantismo. Nada que exalasse sexo. Como tudo era bom... Como tardava uma mão em outra mão, uma aproximação corporal de pura eletricidade...Um beijo leve nos lábios resultava em frêmito inteiramente e um respirar na nuca ofegava, quase explodia. Mas tudo era experimentado sem amostra pública, leve, quase demoradamente, mas oculto, sem platéia, ruídos ou demonstrações corporais. Estou falando de sensualidade, desejo, emoções adultas; Mesmo porque as crianças eram crianças, estava (ainda)muito além o tempo delas.
De repente, um redemoinho poeirento e “tufanado” aproximou-se dessa era... E já faz tempo... Aos poucos se foi mostrando, abalando estruturas familiares, sociais, pessoais e íntimas com invasiva e permitida ousadia e, abertamente ampla, fazia com que o corpo e suas manifestações eróticas enlouquecessem descaradamente, saíssem de uma rota, para cair em um abismo. As crianças acordaram da infância sonolenta e transformaram-se em mulheres anãs, verdadeiras mercadoras de corpo inocente, seguindo o bloco, sem saber o porquê, mas sabendo como fazer a demonstração em casa, nas escolas, nas festinhas, na rua, na praia, no caminho de ida e volta para o escancaramento. As bundas e seios precisam ser mostrados, o entortar dos corpos que se encaixam , é de lei; o ar promíscuo está nos lábios e olhos pintados, no soutien de bojo que a menina de 10 anos exibe por baixo da camiseta; os gestos e trejeitos mostram-se na passarela da sensualidade desenfreada. Não é necessário cobrir o corpo, um pedaço, uma tira de pano já dá. O ritmo da dança pede, apela, sacode, empurra, mostra como deve ser lepolepando desde a boquinha da garrafa. Resultado, o que se vê na foto . Muito há a dizer ou nada há, a não ser... o ventre mudou, a barriga da menina com 12 anos cresceu e ela não vai saber o que fazer com o que sair de lá de dentro. O menino também não.
Deus nos acuda!
Imagem: copiada do FB