As Copas Em Minha Vida (I)

A Copa do Mundo. Um evento que a cada quatro anos mexe com todo o planeta e principalmente com os amantes do esporte bretão.

Eu mesmo sou uma dessas pessoas que se comove com esse evento pelo simples fato de ler, escrever, pesquisar e comentar futebol, assim como assistir e obviamente torcer pela seleção brasileira nesse torneio já citado.

Tudo isso teve um começo. E o meu foi em 1978.

A Copa na Argentina que acabou nas mãos da Argentina após uma final emocionante com a Holanda que terminou em uma prorrogação de matar cardíacos. A Copa em que o Brasil se sagrou “campeão moral” por causa de um suposto (depois comprovado em 2007) suborno dos narcotraficantes do cartel de Cáli para que os peruanos perdessem naquele jogo contra os argentinos.

Naquela época, tinha apenas tenros dois anos de idade e nem sabia ainda que esse evento teria significado importante pra mim a não ser que via vinte pessoas correndo atrás da bola em uma televisão preto e branco.

Mas na copa seguinte, de 1982, já teria uma noção exata sobre o que a Copa do Mundo representou pra mim. Lembro-me da casa lá em Cruz Alta onde eu morava e cujas ruas estavam com bandeiras verde e amarelas.

Nunca me esqueço de um decalque do Naranjito que estava colado na geladeira vermelha da minha mãe. Dava a impressão de que ele me enxergava como um futuro fanático do futebol e com a bola em sua mão, eu tinha a impressão de que me mandaria um convite pra conhecer esse esporte mais a fundo.

Naquela copa, o Brasil tinha um futebol que encantava a todos com sua arte nos dribles, nas jogadas e nos belos gols que marcou. Passou por seus adversários com maestria apesar da União Soviética ter dado um trabalho danado na estreia. E todos achavam que o Brasil também passaria fácil pela Itália no Sarriá que não mais existe desde sua demolição em 1997.

Só se esqueceram de avisar o Paolo Rossi que naquele dia jogou tudo o que não jogou naquela Copa marcando três gols e calando fundo toda a torcida brasileira, inclusive um menino de seis anos de idade que chorava por uma derrota que não parecia acontecer com aquele esquadrão que encantava a todos e que fazia os meninos sonharem em ser como eles um dia.

Achei que naquele jogo meu gosto pelo futebol havia terminado, porém com o passar dos anos, esse gosto apenas aumentou.

Dois anos depois dessa Copa, mudei-me para Pelotas e comecei a criar minhas raízes com o tempo enfrentando minhas dificuldades devido aos problemas que tive na infância.

E esperando como todo torcedor brasileiro que o desfecho fosse diferente na Copa de 1986.

A história continua.

MarioGayer
Enviado por MarioGayer em 18/05/2014
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