* A Copa está se aproximando. Alertas destacando os sérios riscos que os “visitantes” correm nas terras brasileiras começam a surgir.
Semana passada o secretário-geral pediu para os descontraídos turistas evitarem certos hábitos “normais” nos países europeus. Por exemplo, ele avisou que as pessoas não devem dormir na praia ou nos carros.
Recomendou não vacilarem com suas mochilas.
Depois foi a vez do governo japonês informar aos japas que, no Brasil, ocorrem muitos roubos, seqüestros e fraudes com cartões de crédito.
Entre as medidas preventivas propostas, o governo japonês fala para a galera se vestir com discrição.
Eu não entendi bem o “se vestir com discrição”. Usando roupas discretas ou não, fica fácil identificar quem é japonês.
* Essas preocupações não são exageradas, sabemos disso.
Eu fico temeroso de que o Brasil seja um péssimo anfitrião nessa Copa.
Se um turista, após o Mundial, constatando nossas condições precárias, sair daqui frustrado, o mal não será tão ruim assim.
O problema, que não é uma hipótese pessimista, é o querido turista se tornar uma grande vítima da violência a qual reina no nosso país.
Sem querer assustar, não existe garantia dele retornar.
Isso é real, incontestável e vergonhoso.
* Se nós, os privilegiados brasileiros, andamos apavorados e nunca nos sentimos seguros circulando, como estabelecer que as pessoas de fora estarão seguras?
Eu imagino que os riscos não alcançam os turistas nos hotéis ou dentro dos estádios, mas as pessoas gostam de passear, querem andar, ver o mar, adoram fazer compras, curtem parar nos locais e bater fotos.
Como impedir que batam as suas carteiras?
* Li uma notícia fresca dizendo que a cobertura do estádio da estréia não estará pronta em 12 de junho.
Se chover, os torcedores sairão molhados.
Aflito li também que os turistas precisam guardar o dinheiro do ladrão, ou seja, eles devem ter um valor reservado para os larápios tupiniquins.
Fiquei conversando com os meus botões:
O que faz uma pessoa racional vir ao Brasil?
* Eu prevejo, no porvir, viajar e conhecer outros locais.
Possuo uma intuição de que não retornarei mais a Salvador.
Aqui tem ótimas praias, mas os banhistas as lotam para beber.
Ninguém vai à praia saborear a praia.
Conversando com meu irmão, comentava que os vizinhos jamais lêem um livro, não assistem TV nem sentam para um diálogo saudável.
Eu sou obrigado a escutar, no meu AP, sons altos demais.
Não escuto nenhuma música, apenas algum som ensurdecedor.
Não dá para relaxar!
Isso não é civilização!
* Para garantir a segurança dos turistas durante a estúpida Copa, talvez Jack Bauer, o incrível agente da série 24 Horas, possa ajudar.
Se a realidade nada colabora, penso que a ficção pode auxiliar.
Sem papo furado, é melhor não pisar aqui.
Assim restarão as outras Copas nas quais o turista estará vivo.
Sobre visitar o Brasil, Didi diria: É fria, psit!
Um abraço!
Semana passada o secretário-geral pediu para os descontraídos turistas evitarem certos hábitos “normais” nos países europeus. Por exemplo, ele avisou que as pessoas não devem dormir na praia ou nos carros.
Recomendou não vacilarem com suas mochilas.
Depois foi a vez do governo japonês informar aos japas que, no Brasil, ocorrem muitos roubos, seqüestros e fraudes com cartões de crédito.
Entre as medidas preventivas propostas, o governo japonês fala para a galera se vestir com discrição.
Eu não entendi bem o “se vestir com discrição”. Usando roupas discretas ou não, fica fácil identificar quem é japonês.
* Essas preocupações não são exageradas, sabemos disso.
Eu fico temeroso de que o Brasil seja um péssimo anfitrião nessa Copa.
Se um turista, após o Mundial, constatando nossas condições precárias, sair daqui frustrado, o mal não será tão ruim assim.
O problema, que não é uma hipótese pessimista, é o querido turista se tornar uma grande vítima da violência a qual reina no nosso país.
Sem querer assustar, não existe garantia dele retornar.
Isso é real, incontestável e vergonhoso.
* Se nós, os privilegiados brasileiros, andamos apavorados e nunca nos sentimos seguros circulando, como estabelecer que as pessoas de fora estarão seguras?
Eu imagino que os riscos não alcançam os turistas nos hotéis ou dentro dos estádios, mas as pessoas gostam de passear, querem andar, ver o mar, adoram fazer compras, curtem parar nos locais e bater fotos.
Como impedir que batam as suas carteiras?
* Li uma notícia fresca dizendo que a cobertura do estádio da estréia não estará pronta em 12 de junho.
Se chover, os torcedores sairão molhados.
Aflito li também que os turistas precisam guardar o dinheiro do ladrão, ou seja, eles devem ter um valor reservado para os larápios tupiniquins.
Fiquei conversando com os meus botões:
O que faz uma pessoa racional vir ao Brasil?
* Eu prevejo, no porvir, viajar e conhecer outros locais.
Possuo uma intuição de que não retornarei mais a Salvador.
Aqui tem ótimas praias, mas os banhistas as lotam para beber.
Ninguém vai à praia saborear a praia.
Conversando com meu irmão, comentava que os vizinhos jamais lêem um livro, não assistem TV nem sentam para um diálogo saudável.
Eu sou obrigado a escutar, no meu AP, sons altos demais.
Não escuto nenhuma música, apenas algum som ensurdecedor.
Não dá para relaxar!
Isso não é civilização!
* Para garantir a segurança dos turistas durante a estúpida Copa, talvez Jack Bauer, o incrível agente da série 24 Horas, possa ajudar.
Se a realidade nada colabora, penso que a ficção pode auxiliar.
Sem papo furado, é melhor não pisar aqui.
Assim restarão as outras Copas nas quais o turista estará vivo.
Sobre visitar o Brasil, Didi diria: É fria, psit!
Um abraço!