QUEM FOI QUE FEZ TUDO ISSO?

Eu vinha da cidade de Natal/RN, pela BR 304, em direção à cidade de Mossoró/RN, terça-feira, dia 15/04/14, por volta das 17 h, quando, em determinado trecho do caminho – já perto da chegada –, vi no horizonte, à minha frente, um aglomerado de nuvens sendo transpassadas pela luz viva do Sol. Um espetáculo maravilhoso de se ver. Os raios solares caindo do céu para o chão da Terra e, antes de chegar, invadindo e desvirginando as camadas de nuvens que obstruíam o seu caminho, era de uma beleza tal, tão incomparável que eu exclamei sem medo: nenhum pintor faria um quadro tão perfeito não fosse ele o criador de tudo isso!

Meu filho vinha ao meu lado. Ele, que também observava o cenário à sua frente, disse sem pestanejar: Deus fez tudo isso e deu de graça para nós.

Fiquei refletindo sobre o que ele tinha dito. Nisso, o carro desceu uma pequena encosta e, lá no final dela, uma ponte. Enquanto o carro se aproximava, eu fiquei me perguntando por que todos os rios correm para o mar. Sim, eu sei: todas as águas dos rios correm para o mar porque este fica bem mais abaixo do que todas as nascentes e os leitos de rios do mundo inteiro e, com isso, a força gravitacional age levando-os para o seu berço.

Mas a questão não é essa. A questão é: qual arquiteto ou engenheiro seria capaz de fazer isso? Correlacionar um detalhe ao outro, para que nada passe sem estar intimamente ligado uma coisa à outra não é tarefa fácil. Só a mão de um ser divino seria capaz de fazer tudo isso.

Seria possível um planeta como a Terra, através dos bilhões de anos, gerar toda essa evolução física, em sua composição, sem que ninguém fosse responsável, nem mesmo os deuses astronautas?

E os detalhes... Por exemplo, a cadeia alimentar. Ou seja, uma coisa vive porque outra lhe dá suporte, abastece. Ao mesmo tempo em que aquele que abasteceu também é abastecido por outrem.

Segundo os cientistas, a Terra para ser habitada precisou de, no mínimo, 40 mil anos de chuvas incessantes (alguns autores dizem que até milhões de anos), para esfriá-la e deixá-la sólida como é hoje. Isso significa dizer que a Terra era feita de rochas derretidas e vulcânicas, de temperatura elevadíssima, que tornava impossível qualquer tipo de vida nela.

Enquanto o carro passava pela ponte, eu perguntava ao meu filho: não é interessante que tudo vem se organizando, desde o início, de modo que cada coisa seja colocada no seu lugar e que o lugar desses seja, exatamente, como deveria ser e sem precisar fazer nenhum tipo de modificação ou reforma?

Sem desviar a atenção da estrada, eu ia tentando respostas (que sei é quase impossível de obtê-las) sobre esse caminho de quase cinco bilhões de anos do nosso planeta. Uma coisa é a evolução e seleção natural das espécies, de Darwin; outra coisa é chegar, do início, até ela. Para que a famosa teoria ocorresse foi preciso um caminho planejado para tal. Foram necessárias condições para que isso acontecesse. Então, de onde vêm essas condições? Quem foi que deu essas condições? A Terra sozinha? Ela teve o poder de planejar cada detalhe, cada minúcia, cada desenho de sua anatomia e de seus inquilinos?

Mais na frente o trânsito ficou lento na via. Uma carreta atrás de outra carreta e uma boa quantidade de carros vindos da direção contrária, também guiados por grandes veículos, diminuiu, consideravelmente, o fluxo rápido dos veículos menores. Eu aproveitei para ir me perguntando, mais uma vez, sobre essa força que nos criou. Que ser maravilhoso é esse que foi (e é) capaz de idealizar tudo isso! Nada está fora do seu lugar. Nada! Uma coisa só existe porque a outra existe ao seu lado. O rio não existiria não fossem as suas margens para protegê-lo em seu percurso; o ser humano não existiria sem o seu semelhante para lhe fazer companhia...

Neste momento de minhas reflexões, os carros menores, à frente, começaram a ultrapassar os veículos mais pesados. Eu fui, com segurança, também, no embalo. Enquanto passava pelos compridos caminhões, eu voltei a me questionar sobre a maravilha que é a nossa Terra e como ela é dotada de “artifícios” para poder nos abrigar...

Ri, enquanto o carro desenvolvia uma velocidade de cruzeiro, permitida na via, porque me lembrei das primeiras noções de ciências na escola: a Terra gira em torno do Sol e em torno de si (o famoso sistema de translação e rotação – respectivamente). Ora, até aí é fácil de entender. O difícil é entender por que é que, mesmo ela girando, nós não caímos e/ou, no mínimo, não ficamos tontos? Eu sei, mas foi por isso que eu ri enquanto dirigia. Mas, convenhamos... Podem dizer o que quiserem, mas essa história de atração gravitacional não me convence. Suba então num desses "roda-rodas" de parques e dê uma girada nele com você em cima! Ora, cadê a ordem gravitacional para não deixá-lo tonto? Quer dizer que ela só serve para o roda-roda da Terra?

Nisso, subindo uma pequena elevação, eu vi a cidade de Mossoró. Estava chegando em casa, graças ao bom Deus. Mas, antes, eu voltei a me perguntar: se não foi obra de um ser superior, que todos chamamos de Deus, quem foi então que fez essa maravilha chamada Terra?

Quando cheguei em casa, apesar de não haver recebido as respostas e continuar com as mesmas dúvidas (ninguém ainda, por mais cientista que seja, sabe, ao certo, quem foi que fez), eu agradeci a quem é, de fato, o autor dessa obra: o nosso Senhor Deus.




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Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 16/05/2014
Reeditado em 15/10/2020
Código do texto: T4808722
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