Somos todos “bananas"!
Somos todos “bananas”!
Um país que ergue arenas para levar o circo para o seu povo e entreter a fome com o berro eufórico e apedeuta do gol; é um país de bananas.
A educação na linha do impedimento; a saúde contundida no inicio da partida; a segurança jogada para escanteio e o povo levando cartão vermelho da pátria madrasta e impedido de entrar no jogo da dignidade.
A cerveja na mesa, o tira-gosto e todos unidos assistindo ao espetáculo da alegria inventada.
Somos todos “bananas”!
Deus é brasileiro e fé na estrada!
Carnaval fora de hora e o cordão dos mutilados segue ao som do coro da alienação.
O placar aponta a derrota de uma nação para os problemas mais banais, todavia, o replay mostra lances e faltas cometidos pela improbidade administrativa.
Gooooooooooooollllllll! O narrador eufórico e servindo a propagada midiática brada. Torcedores erguem braços, gritam ufanados e se abraçam na comemoração; "pra frente, Brasil", salve a idiotia. O país acabou de chutar de canela contra o próprio gol. Gol contra! O juiz comprado, o povo alienado, o time fabricado e ... da arquibancada os políticos dão banana para a população.
Convocaram craques milionários e colocaram no banco de reserva, reservas para o próximo jogo (eleição). O hino é cantado e bisado; patriotismo em alta; a pátria de chuteiras e um chute no traseiro da decência acabou de ser dado pela política do “Panis et circenses”.
A taça do mundo é nossa! É melhor derreter e aumentar o lastro ouro do país, quem sabe, com o troco a nação compre necessidades básicas.
Uns bananas!
Cada macaco em seu galho e cada parvo com o que merece!
De um lado do campo as migalhas e do outro lado a fartura.
Começa o jogo da vergonha nacional; do conluio e conchavos.
O juiz apita e a bola da vez é chutada. Copa do mundo e todo mundo na copa sem ser servido pelos seus direitos. Lançamento de verbas e cai direto na cabeça do afanador, que domina e coloca na gaveta; na gaveta da conta bancária. Goooooooooool contra!
Lance de falta! Falta tudo para esse país se tornar um País de todos. A barreira é montada e o artilheiro chuta no “saco” do povo; hummmmmmmmm, doeu e o povo está de saco cheio!
Término do jogo!
A nação perdeu para si mesma. O povo saiu contundido da partida e a politicagem fortalecida com o “bicho” do jogo.
Somos todos “bananas”!
"Pra frente, Brasil!
Mário Paternostro