O QUE OCORRE COM A SOCIEDADE?
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À Letícia Dias, ,aluna do quinto período do curso de Curso de Serviço Social,, na Unicentro, na cidade de Jau/RO
Será que os pensadores Hobbes, Johan Lock e Rousseau terão que sair do túmulo onde descansam para ensinar de novo tudo sobre o que pensaram sobre o que venha a ser um Estado de Bem Estar Social? Espero que não seja preciso? Essa pergunta deixei no fim de minha última crônica e não gostaria mais de repeti-la, mas se faz necessária mais uma vez, devido ao barbarismo social em que a sociedade está vivendo no momento.
Tinha decidido a parar de escrever, não me envolver com assuntos sociais ou políticos, mas sinto-me obrigado pela minha formação de Assistente Social, compromisso profissional e obrigação como educador, a retornar a um tema que me faz sempre muito mal para mim, porque o EU sempre se faz presente em detrimento do TODO, sendo a tônica atual da sociedade. O faço porque fui motivado por um comentário positivo deixado pela aluna e futura profissional Letícia Dias, do 5o período do curso na Faculdade Unientro, em Jaru/RO, do professor Locimar Massalai, que ministra a disciplina “Processo de Trabalho em Serviço sobre o que leu de conteúdo positivo no livro científico de minha autoria (O CAMINHO NÃO PERCORRIDO – A TRAJETÓRIA DOS ASSISTENTES SOCIAIS MASCULINOS EM MANAUS: 2013, Editora da UFAM, in carloscostajornalismo.blogspot.com), que o mestre recomendara para consulta, parabenizando-me pelo conteúdo lido.
Estou presenciando uma sociedade em transformação, com fenômenos ocorrendo e se espalhados pelas redes sociais. É um fenômeno social novo na sociedade e precisa ser estudado e explicado pelos estudiosos do assunto, como os rolezinhos em shoppings, por falta de outro espaço onde os jovens possam se encontrar. Percebo uma revolta barulhenta dentro da estrutura da sociedade como a conhecemos há séculos porque essa revolta nada silenciosa deve contra os aparelhos de Estado, quer por motivos justos ou injustos e precisamos pensar em um novo modelo de sociedade a ser construído, extirpando o que está ruim e criando novos modelos, que possam dar certo.
Mesmo sendo apenas um observador dos fenômenos sociais, arrisco-me a dizer que o maior problema está na demora em ver o judiciário sentenciando uma pessoa, por pior que seja o tipo de crime que tenha praticado – homicídio, latrocínio, estupro, tráfico de mulheres ou exploração sexual infantil ou, ainda, motoristas que dirigem embriagados, pagam fiança e respondem como se tivessem cometido só um mero acidente de trânsito e não um homicídio, usando o carro e mais o álcool como arma para cometer o crime.
Também vejo muitos casos puramente sociais, que poderiam ser resolvidos em Delegacias com uma simples conversa e entendimento técnico com um Assistente Social, são transformados em BO e encaminhados ao poder Judiciário, entulhando as prateleiras com inquéritos que, quando julgados, não passam de uma sentença que no máximo se transformam em entrega de cestas básicas. Percebo que há uma total falta de credibilidade nas instituições públicas. Essa verdade é grave porque é o primeiro sinal de podridão nos alicerces da sociedade coletiva. Hoje, prevalece o EU em detrimento do TODOS e individualismo, selvageria, barbarismo que foi abolido há muitos séculos quando o homem abriu mão do Estado de Natureza, elegendo um sistema piramidal para suprir-lhe as necessidades individuais, deixando de praticar o “olho por olho e o dente por dente”, está voltando e poucos estão percebendo isso. Lamentavelmente, estamos retornando ao barbarismo que pensava já ter sido extinto da sociedade moderna...
A revolta social contra a Justiça, esteio integrante dos aparelhos de Estado, parece ser o alvo dos integrantes de uma sociedade coletiva que não se mobilizam não para mudar o que possa estar errado, mas erraram muito mais com assassinatos de inocentes, presos que mandam no coletivo ônibus que são quebrados, comerciantes que ficam presos, hospitais que não funcionam, saneamento básico que não existe e outros problemas sociais que poderiam ser resolvidos dentro das Delegacias de Polícia. Mas é uma pena que esses profissionais não existem dentro desses espaços de trabalho, como em muitos outros locais que também decidem problemas sociais sem a presença de um profissional qualificado.
Será que precisaremos de um padrão Fifa para resolver os graves e preocupantes problemas sociais? Espero que não! Basta ação pública ao estilo Fifa como fez Conselho Federal de Medicina que tomou a decisão de fechar consultórios, hospitais, clínicas que não se adequarem às normas padronizadas por ele, mas transferiu a fiscalização aos Conselhos Regionais de Medicina, que não terão como cumpri-la, por falta de equipes de fiscalização e tudo, mais uma vez, dependerá da sociedade coletiva e não da sociedade individual para que aos Conselhos possam tomar alguma providência....