MORTES POR ENGANO?
Os noticiários desde 6 de maio de 2014 dão conta que Fabiane Maria de Jesus, 33 anos, fora linchada no Guarujá por engano.
Muito bem: se pessoas são linchadas por engano, temos as linchadas sem engano, onde estamos?
Fazem (in)justiça pelas próprias mãos e falam em engano, então já temos a pena de norte sumária no Brasil?
Este é o espírito do tal Gigante que teria acordado, é o espírito dos blocos de lutas, é o espírito destes imprestáveis que acreditam que irão mudar as coisas com violência.
Quando alguém levanta a bandeira da pena de morte há uma legião que corre em apoio e uma minoria que se opõe. Na maioria há indivíduos de todas as religiões e filosofias que correm enumerando mil razões para termos a pena de morte, está maioria está repleta daqueles que compareçam as missas, cultos e reuniões de seitas e lá juram amor eterno ao próximo.
Estes ciclos na busca da pena de morte, quase sempre surgem, quando acontece algum episódio violento e de grande repercussão e basicamente buscam uma espécie de vingança contra o protagonizador do episódio. A pena de morte não amedrontará ninguém, basta comparar o que acontece atualmente com os apenados nas prisões e não são amedrontados, só deixando de reincidir quando perdem as forças ou morrem.
A história registra milhares de apenamentos por morte, apenamentos legais e ilegais, no Brasil o mais emblemático que constantemente tentam varrer para debaixo do tapete é o do Tenente Alberto Mendes Júnior, condenado a morte por um tribunal revolucionário formado Carlos Lamarca, Yoshitame Fugimore, Diógenes Sobrosa de Souza, Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima, pena que foi executada por coronhadas de fuzil.
Como se não bastasse as correntes de intelectuais justificando a adoção da pena de morte, temos pessoas menos esclarecidas que além de acreditarem que a pena de morte possa resolver os índices de criminalidade e coibir psicopatas de cometerem crimes violentos, passam da teoria à pratica, julgando e executando as penas de morte, sem qualquer pingo de legalidade.
Legalizando a pena de morte corremos o risco de enjambramentos políticos para defenestrar adversários ideológicos, bem típico das esquerdas no Mundo todo.
De Fabiane Maria de Jesus à qualquer um de nós basta uma única palavra no meio da turba enfurecida e poderemos fazer-lhe companhia e o pior de tudo é que nem o nome de Jesus temos para nos acompanhar na vida eterna.