ESTADO DE ROMANCE
Por que tudo isso está distante
E me parece presente,
Na visão. No sentimento,
Na saudade?
(...)
(Aquele Tempo – João Wilson)
Por que tudo isso está distante
E me parece presente,
Na visão. No sentimento,
Na saudade?
(...)
(Aquele Tempo – João Wilson)
Terminei a leitura de “Principalmente o Amor”, um livro de poemas do imortal João Wilson Mendes Melo, escritor e poeta aqui da minha terra a quem muito preso. Leitura encerrada. Com o livro entre as mãos e sobre a influência do que li, me indaguei: que morte você teme? O que me veio de pronto foi de que a morte temida por mim é a do amor , da esperança, da alegria. Tudo me “encanta, entusiasma e arrebata”, (apesar de...) ainda não consegui sair do “estado de romance” de que fala o filósofo inglês Whitchead, citado por João Wilson.
Assim , como diz o poeta, enquanto a cotovia não canta e a luz clara do dia não tira o encanto das coisas, deixo-me levar e enlevar por esse “estado de romance” que me conduz à meditação e ao sentimentalismo, estabelecendo, por que não dizer, uma vida diferente do cotidiano. Isto enquanto não me encontro, não me compreendo, coisa, aliás, que não tenho muita esperança não. Afirmo tal, lembrando-me de psicóloga Santa Tereza de Ávila, que afirmou da impossibilidade dela mesma se compreender.
Ah, os poetas! Sempre a procura de definir a vida, quando esta não se define: vive-se! E o homem? Para Peguy não passa de um poço de inquietude, mais inquieto que toda a criação. Já Carrel , simplesmente, disse: "o homem esse desconhecido", haja vista a impossibilidade de penetrar nas entranhas do seu coração.
...Sei não... Sei não Apollinaire, você que pediu piedade para os poetas porque exploram as fronteiras do irreal, vos digo: também faço isso, acho que sou poeta... “E um dia sei que estarei mudo: - mais nada” Cecilia que o diga.
Assim , como diz o poeta, enquanto a cotovia não canta e a luz clara do dia não tira o encanto das coisas, deixo-me levar e enlevar por esse “estado de romance” que me conduz à meditação e ao sentimentalismo, estabelecendo, por que não dizer, uma vida diferente do cotidiano. Isto enquanto não me encontro, não me compreendo, coisa, aliás, que não tenho muita esperança não. Afirmo tal, lembrando-me de psicóloga Santa Tereza de Ávila, que afirmou da impossibilidade dela mesma se compreender.
Ah, os poetas! Sempre a procura de definir a vida, quando esta não se define: vive-se! E o homem? Para Peguy não passa de um poço de inquietude, mais inquieto que toda a criação. Já Carrel , simplesmente, disse: "o homem esse desconhecido", haja vista a impossibilidade de penetrar nas entranhas do seu coração.
...Sei não... Sei não Apollinaire, você que pediu piedade para os poetas porque exploram as fronteiras do irreal, vos digo: também faço isso, acho que sou poeta... “E um dia sei que estarei mudo: - mais nada” Cecilia que o diga.