“Carniçaria do interesse”
“Carniçaria do interesse”
A “carniçaria do interesse” está a olhos vistos e os protagonistas dessa barbárie vão se alimentado de sangue e dos restos da democracia. Restos, sim! A democracia precisa de ditar novas regras, impor suas ordens e, quem sabe, se reestruturar e aprisionar a liberdade nas grades da responsabilidade. O tudo posso e o tudo faço, não da mais!
Se não fossem os intolerantes, os paroxistas e os políticos, talvez, a democracia desse certo. Estamos assistindo a um regime viciado, comprado com as facilitações e com os conceitos de probidade rasurados. Os “carniceiros” de plantão amolam suas facas para sangrar tal regime; escondem-se atrás de uma justiça morosa, de uma lei branda e do esquecimento do povo, para colocar em cartaz o seu nome manchado com a impunidade.
A massa é apertada, modelada, apanha e, mesmo assim, contribui com sua grande parte para propagar os achaques e vieses que a democracia facilita. Facilmente manipulada, vitima constante dos “carniceiros”, ela é afagada antes e depois recebe os pontapés dos algozes que ela mesma elege para lhe açoitar. Os paroxistas, doentes passionais, inventam deuses, criam lendas e fabricam mitos. Vivem pelas esquinas bradando nomes e propagando a imundície que a democracia coloca o perfume da impunidade. Os políticos corrompem a moral e deturpam os conceitos de liberdade. Usam e abusam das massas, estupram os paroxistas, sentam no trono e defecam as suas ações.
A democracia vive sangrando em suas entranhas e as hienas vivem rindo do lixo acumulado durante anos e, assim, sorriem o sorriso do desdém e amordaçam quem quer ter o direito de bradar contra os “carniceiros”. A passividade e a indolência da democracia alastram a epidemia dos que querem que tudo continue fétido e cheirando a conluios, mas, enquanto os paroxistas não entenderem que endeusar é se diminuir e a massa não aprender o verdadeiro valor da união, vamos ter que aguentar um regime – democracia – que privilegia a imundície. Tenho até medo daqueles que andam com a sujeira em suas mãos, pois será capaz de usar essa crônica para limpar suas merdas. A democracia ainda é melhor que qualquer regime, precisa apenas escolher melhor quem lhe representa. Há?
Mário Paternostro