Assim

Assim...

Meus nervos não são de aço como dizem por ai

Tem algo mais entre eles para dar-lhes a tal liberdade

São flexíveis e não sofrem a ação do tempo

A maresia então purifica

Não tenho nenhuma opinião, nenhuma crença.

Tão certa quanto a que sinto.

Em todo meu corpo e dentro de minha cabeça

Um soluço no mundo dos grandes centros urbanos

Um alto berro no centro do mínimo infinito do universo

Nada será mais indiferente quanto a sua relação perante

A quem você acredita estar acima de tudo

Um horizonte sempre distante

Que não se comunica com o presente

Mas jura estar presente no futuro

Jura estar ao lado e assim se acredita que esteja

Assim se pretende ser mais humilde e normal

Ou simplesmente mais humano

Meus próprios sonhos enxergam

O mesmo horizonte da minha realidade

E se expressa da mesma maneira que desejo

Seria assim ou seria o que não havia pensado,

Se de repente suas diferenças se diluíssem nas multidões.

Já parou para imaginar quantos de nós existem?

Quantos de nós somos mortos?

E quantos de nós não valem nada?

São perdidos como o tempo que corre

Cada vez mais rápido na duvida e no medo.

Medo sabe lá do que...

Se alguém soubesse poderia salvar o mundo...

Ou ganharia muito dinheiro.

Poder para os que não possuem alma,

E sua visão só enxergará o próximo muro.

Seu horizonte será mais próximo do que o teto do seu quarto.

E seus pensamentos serão apenas insanidades ensandecidas.

Uma magia quase independente do que se vê,

No entanto, se justifica e influencia,

Naturalmente na química do universo.

Inventa-se e cria-se

Da terra tudo se tira, se sufoca, se estoca.

E invadem o seio da mãe natureza

Eterno destino da água molhada.

Raphael Campos
Enviado por Raphael Campos em 09/05/2007
Código do texto: T480241
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