Assim
Assim...
Meus nervos não são de aço como dizem por ai
Tem algo mais entre eles para dar-lhes a tal liberdade
São flexíveis e não sofrem a ação do tempo
A maresia então purifica
Não tenho nenhuma opinião, nenhuma crença.
Tão certa quanto a que sinto.
Em todo meu corpo e dentro de minha cabeça
Um soluço no mundo dos grandes centros urbanos
Um alto berro no centro do mínimo infinito do universo
Nada será mais indiferente quanto a sua relação perante
A quem você acredita estar acima de tudo
Um horizonte sempre distante
Que não se comunica com o presente
Mas jura estar presente no futuro
Jura estar ao lado e assim se acredita que esteja
Assim se pretende ser mais humilde e normal
Ou simplesmente mais humano
Meus próprios sonhos enxergam
O mesmo horizonte da minha realidade
E se expressa da mesma maneira que desejo
Seria assim ou seria o que não havia pensado,
Se de repente suas diferenças se diluíssem nas multidões.
Já parou para imaginar quantos de nós existem?
Quantos de nós somos mortos?
E quantos de nós não valem nada?
São perdidos como o tempo que corre
Cada vez mais rápido na duvida e no medo.
Medo sabe lá do que...
Se alguém soubesse poderia salvar o mundo...
Ou ganharia muito dinheiro.
Poder para os que não possuem alma,
E sua visão só enxergará o próximo muro.
Seu horizonte será mais próximo do que o teto do seu quarto.
E seus pensamentos serão apenas insanidades ensandecidas.
Uma magia quase independente do que se vê,
No entanto, se justifica e influencia,
Naturalmente na química do universo.
Inventa-se e cria-se
Da terra tudo se tira, se sufoca, se estoca.
E invadem o seio da mãe natureza
Eterno destino da água molhada.