PARA CADA CRIANÇA QUE NASCE - A Tania Meneses *
*** Presentes como este, com o selo de garantia da PROFESSORA PAULISTANA ZULEIKA DOS REIS equivalem, além da emoção que nos perpassa, à uma bênção. Eu me sinto abençoada por sua palavra, amiga querida.
PARA CADA CRIANÇA QUE NASCE - A Tania Meneses *
Crônicas – 50
Na manhã de 09 de maio de 2014
* Só tenho republicado textos escritos até 2009. Como toda regra tem exceção, este texto é uma exceção: foi escrito e publicado em 28 de março de 2011.
Li em algum lugar de que não me lembro, por isso não tenho como citar autor nem fonte que, em tribo da África Central, há o costume de se criar uma música para cada pessoa que nasce, no momento do seu nascimento. Esta música identifica, com exclusividade, esta pessoa, para si mesma e para todos os outros, ao longo de toda uma vida particular, irrepetível, única.
Esta "carteira de identidade" sonora acompanha o ser a quem pertence também nos momentos dos grandes erros e de grandes purgações e, nestas ocasiões, pode ser utilizada pela comunidade como veículo de purificação e da volta do ser ao seu verdadeiro caminho, ao caminho do qual se tenha desviado.
Achei tal costume tão extraordinariamente poético, de tal alcance humano, mesmo espiritual, que precisei partilhá-lo agora, aqui no Recanto. Talvez também haja, na tradição ocidental, comunidades secretas que conduzam o ser à descoberta da música individual, só sua, intransferível. Deve haver lugares assim.
E fiquei pensando em como seria, em como poderia ser a minha música, a oculta música que presidiu meu nascimento e que acompanha, sem que eu a conheça, cada uma das minhas horas de ser.
Pensemos, amigos, cada qual na sua própria música, intransferível, única; a música que presidiu o nascimento de cada um de nós; a música que nos segue ao longo da vida, sempre e em cada minuto; a música oculta, silenciosa, que nos protege das nossas sombras internas e externas, também. Tentemos senti-la, em nosso interior.
Nota. Agradeço ao autor, por esta informação preciosa. Peço desculpas por não poder citar-lhe o nome, pelo fato de não lembrá-lo.
Abraço grande, amiga.
REPUBLICAÇÃO.