A Copa do Mundo
Sempre critiquei o amor exacerbado ao futebol, a paixão pela bola, o encanto pelos jogadores, a preferência de todos e, em especial, de meus alunos que preferiam as partidas futebolísticas às aulas.
Atualmente estou enojada desta ignorância em torno de algo que está definido e que acontecerá custe quanto custar, a Copa do Mundo. Mais antipatizada estou com esse grupo de pessoas que, "não mais que de repente" resolveu abraçar a causa da educação, ora ora! Vamos mentir, mas assim é demais!
Estou farta desse pessoal que nem sabe onde o galo cantou e parte para a brutalidade, a ignorância e falta de civilidade. Aliás, tem horas em que me pego pensando que democracia e civilidade eram tão somente grandes ilusões dos gregos perdidos em infindáveis debates.
Eu me sinto impotente sobre essa coisa que se desenvolveu em torno de quebrar, queimar, destruir tudo em nome do protesto, da manifestação. Protesto é coisa para indivíduos pensantes e não para indivíduos quebrantes. Já que gostam de quebrar e de queimar, digo-lhes a antiga frase: "A justiça pra ser boa, começa dentro de casa". Para bom entendedor...
Vocês que se iludem acreditando que conseguirão parar a Copa do Mundo, tratem de acordar desse sonho maluco. Não atraiam sobre os outros as iras da polícia e até do exército, dos marinheiros e dos aviadores. Saibam que a Revolução Francesa faz tempo que aconteceu e, naquela época, o rei não dispunha dessa tecnologia que temos. Saibam que, quando forças armadas saem às ruas, não escolhem alvos e, ao que parece, os treinamentos não estão funcionando, em detrimento de tanto material da mais alta qualidade. Saibam que os pobres e os inocentes são as vítimas da violência, tanto da particular quanto da oficial.
Até torci por futebol quando jovem, torci pelo Sergipe, pelo Vasco, pela Seleção Brasileira. Naquela época havia ainda bastante inocentes úteis, inclusive dentro dos times. Agora não existem mais. Portanto, parem de tolice e entendam enquanto é cedo que vocês não atingirão esse objetivo mal traçado.