O OLHAR DA JURITI
A juriti permanecia imóvel, lá do alto pousada no fio de alta tensão apontava o olhar à praça, pela calçada dos postes o homem caminhava e por cima dos ombros admirava tamanha paciência, então ela lentamente moveu a cabeça à esquerda com se estive a testemunhar o encontro tácito entre o homem e a policial.
Passados poucos metros a policial tripulando uma bicicleta aproveitava o leve desnível da rua para deslizar suavemente pelo calçamento, ela a policial portava todos os apetrechos, inclusive uma pistola .40, a mão esquerda no guidão, olhos atentos no que parecia ser um smartfone, equipamento tão útil e necessário, que estava na mão direta sendo dedilhado mesmo com pequenos solavancos do deslocamento, o visor era vasculhado pelo olhar expectante, também tão necessário, porém à sociedade.
Do cruzamento não restou nada, ambos seguiram caminhos diferentes, ambos expectantes no que mais lhes conviesse.