Deu um branco!

Olá meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 de um cafezinho quando dá tempo e vontade, eis-me aqui, hoje, no Baca Dia e exatamente na Baca Hora: 17h19min!

Pois deu um branco em mim agora. Sobre o que vou escrever, uai? Será que o Estanislau está correto, a minha inspiração está indo embora? Oh dor, oh vida! Mas não tema, com Bacamarte não há problema.

Se deu um branco, vou de preto. Ou de laranja, ou de verde, ou de azul, ou de amarelo. De verde, acho melhor de verde.

Verde era o nome de uma canção da Leila Pinheiro. Alguém se lembra dela? E da canção? Tocou num festival. Deixa eu ir pesquisar no Google, só um pouquinho, já volto.

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[Bacamarte pesquisando no Google (escrevi isso só pra não deixar espaço em branco, pra não dar mole pro azar).]

[Estão construindo um novo site pra ela, não tem nada lá sobre Verde.]

[No Wikipédia tem! Santa Wiki! Lá sempre tem tudo.]

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Ah, Verde é do Festival dos Festivais, de 1985, da Globo. Disso eu não lembrava mais, mas lembrava da Leila e da canção. Quem quiser tem no Youtube, um monte de versões, é só ir lá e ouvir.

O nome da canção é verde, pinheiro é verde, mas os olhos da Leila não são verdes, são castanhos. Pelo menos em todas as imagens que eu vi dela no Google eles eram castanhos. Mas ela era bonitinha, quando novinha. Numas fotos dos primeiros discos dela dá pra ver. Tri gatinha.

Como eu ia dizendo, deu um branco em mim e resolvi ir de verde. Como os olhos da Candice Bergen. Alguém aí lembra dela? Muito linda. Não tenho certeza se os olhos dela são verdes. Na verdade, nas imagens que vi, eles me pareceram azuis. Só falei dela porque vi ontem o filme Gandhi, de 1980 (lançado em 1982), e ela faz uma fotógrafa nele. Ela não mata o veio no filme, mas balança, embora ele não caia. Tinha 36 anos na época a Candice e ainda batia um bolão. Ela contracena com o Ben Kingsley que, em 1980, tinha 37. Nas cenas com a Candice, o Gandhi já estava velho, no fim da vida, literalmente.

Nos bônus do DVD, tem o Ben dando uma entrevista, já nos dias atuais. Ele menciona Candice, diz que foi legal contracenar com ela, loira e linda. Eu acho que ele quis pegar a Candice e não pegou. Sei lá, pelo jeito dele, foi a impressão que me deu. De repente nada a ver, mas eu tive essa impressão ao ouvir ele falar. Um jornalista brasileiro pegou.

Foi o Tarso de Castro, um dos fundadores do Pasquim, gaúcho de Passo Fundo tchê, radicado no Rio de Janeiro. Já é algo para uma biografia né, ter sido fundador do Pasquim e namorado a Candice Bergen, no auge dela, nos anos 1970, em Salvador.

Mas tudo isso se perdeu no tempo. Tudo se perde no tempo: a Leila Pinheiro e a canção Verde são pouco lembradas hoje em dia, a Candice Bergen já não arranca mais suspiros (tá com 68 anos), o Tarso de Castro morreu em 1991 e ninguém lembra que ele foi um dos fundadores do Pasquim, que também já não existe mais. O Ben não fez mais nenhum outro filme da magnitude de Gandhi. Mas pudera, muita gente queria ter um filme como esse na sua carreira!

Gandhi ainda é lembrado. Seguido sai nas livrarias algum livro sobre ele. Eu compro, admiro Gandhi. Ver(da)de. Verde.

Sai bem do branco, não acha? Se consegui prender a atenção de você até aqui, é porque sim.

Um abraço, até sexta-feira que vem.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

Mais textos em:

http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Em 2014 talvez eu dê um jeito nisso... Mas acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 18 de outubro.)

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 09/05/2014
Reeditado em 09/05/2014
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