Filha do vento
Durante vinte e seis anos de vida
A vida me deu oportunidades de vida, entendimento
Por mais que ouça meu coração bater dentre o peito
Não há lugar seguro que eu queria estar
Foram momentos de falta em falta de fé
Durante muito tempo o tempo se viu fora de controle,
Como realmente ele é, implacável
Minhas pernas não quiseram se mover
Sombras de um passado antigo, e presente
Não suportaria ouvir sempre sua mesma voz
A falta de carência é enorme pra mim, e pra você
Que já viu o amor de várias formas definitivas e vazias
Sou um pé de vento, de inquietação no meio do escuro
Não há soluções pra um aperto tão forte no peito, do que ficar quieta em silêncio no meio dos meus pensamentos, minha marca é minha condição de vida
Não sei lhe dar com vários fatores dessa vida, inclusive a morte de quem está perto e ligado em mim, é um ritual dolorido e que não há devolução do pedido, me encolho e me coloco no calado da minha voz, minha arma é silenciar, mesmo que grite por dentro e me coloque sem chão pra pisar os pés,
Assim é que me vejo viajando com meus pensamentos, sendo um temporal forte e sem controle pro homem não fazer questão de querer me domar, posso ser o que quiser, meus atentos de pensamentos são dos quais me fazem viver em enlouquecer sou uma filha do que pode ser mais descontrolável, sou filha do vento.