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           Mais uma noite em claro por aqui, lendo as bizarrices dos jornais. Folha. Estadão. Globo. Posso de imediato concluir que mãe Dináh conseguiu um evento único. Trazer toda aquela ambientação, atmosfera Trash da TV dos anos noventa de volta pra cena midiática. Foi embora em grande estilo! A morte podem ter previsto pra ela. Confesso que eu já a tinha matado há alguns bons anos atrás (peguei essa mania da minha mãe) e fiquei foi surpresa de saber que ela estava viva. Agora não mais. A mãe Dináh era figurinha fácil nos programas da Luciana Gimenez, no Gugu e similares. Lembro que ela previu que o Plaza, em Niterói, ia cair, explodir, algum coisa assim... Todo mundo ficava desconfiado. É, "vimos duendes", santas que choravam sangue etc etc. A TV brasileira era mesmo aquela fábrica de fazer doido que Sérgio Porto (o jornalista) previa. Tia Zulmira bem sabe dessa história.
              Outra notícia bizarra foi a de que o ator mexicano que interpretava o Chaves, que tem o apelido de Roberto Bolaños, foi declarado morto por um jornal, site, e teve que vir a público dizer que estava vivo e bem. “Gente, eu não morri.” Aí eu me senti como no filme italiano neo-realista do Maurizio Nichetti, passeando na "grade" da programação do SBT. "Não contavam com nossa astúcia..."
                 A terceira notícia seria trágica se não fosse mais trágica ainda. Às vésperas da Copa. “Eu te disse, eu te disse...” Uma privada matou um torcedor na saída de um estádio em Pernambuco. “Vai fazer merda assim lá no Brasil!” disse São Pedro naquela piada estúpida da criação do mundo.                        A quarta e última pra encerrar esse retorno aos sensacionalismos de ocasião. Sequestraram o Leão! O que é isso, companheiro?! Bem que podia ter sido com o do Imposto de Renda, o do meu digo – que não sonego e só tenho moedinhas de restituição. Mas não!, o bicho, meu Deus, não era um gatinho, era um tremendo de um gatão de 300 quilos que como 5 quilos de carne por dia. Saída pela direita? Não!!! Aécio Never. Vejam o exemplo de Niterói com Jorge Roberto Silveira. Cheirou o mandato inteiro e nós é que saímos esfolados "nesse caso de amor". Pois é. Campanhas eleitorais comendo nas ruas e a Rede Globo pedindo - pelo amor de Ronaaaaaldo, o fenômeno do FEBEAPÁ de 2014, que a turma tupiniquim enfeite as ruas das cidades onde os jogos vão acontecer. Será que vai ter copa? Ah, esquecemos de perguntar pra Mãe Dináh. Tia Zulmira, eu sei, iria mandar esses meninos “caçarem algo melhor pra fazer”, acontecendo ou não copa, cozinha, banheiro, privada, privada ao alvo. Foi mais difícil dormir depois dessas notícias na madrugada. Tive que ouvir Eduardo Dusek com “Nostradamus” pra me exorcizar:
Naquela manhã
eu acordei tarde, de bode
Com tudo que sei
cendi uma vela
Abri a janela
E pasmei
Alguns edifícios explodiam
Pessoas corriam
Eu disse bom dia
E ignorei Telefonei Pr'um toque tenha qualquer
E não tinha
Ninguém respondeu
Eu disse: "Deus, Nostradamus
Forças do bem e da maldade
Vudoo, calamidade, juízo final
Então és tu?"
e repente na minha frente
 esquadria de alumínio caiu
Junto com vidro fumê
O que fazer?
Tudo ruiu
Começou tudo a carcomer
Gritei, ninguém ouviu
E olha que eu ainda fiz psiu!
O dia ficou noite
O sol foi pro além
Eu preciso de alguém
Vou até a cozinha
Encontro Carlota, a cozinheira, morta
Diante do meu pé, Zé
Eu falei, eu gritei, eu implorei: "Levanta e serve um café
Que o mundo acabou!"
Patricia_Porto
Enviado por Patricia_Porto em 06/05/2014
Reeditado em 06/05/2014
Código do texto: T4796234
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