MÃES DE ONTEM E DE HOJE

Os tempos são outros, o mundo evoluiu, as pessoas mudaram. As dificuldades materiais de outrora foram sanadas pela tecnologia, mas, por outro lado, a simplicidade da vida familiar e social foi se perdendo com o passar dos anos. A reviravolta que o mundo sofreu nas últimas décadas mexeu nas bases da vida humana e a família, sua célula central, mudou. A mãe, coração dessa célula, teve que se adaptar aos novos tempos e, com ela, seus parceiros e filhos.
Lembro da minha mãe, fazendo a lida da casa, cuidando de nossas roupas, cozinhando, assando gostosos pães caseiros ou uma galinha caipira, cuidando, enfim, para que tudo estivesse a contento em casa. Isso era responsabilidade exclusiva da mulher, já que ao homem cabia o papel de provedor do sustento. Penso em minha mãe naquela época e me vem à lembrança o Leite de Colônia, o creme Pond's, os rolinhos de permanente para cabelo, o talco e o sabonete Alma de Flores. Cheiros e sabores que marcaram minha infância feliz, porque tinha uma mãe presente, durona às vezes, mas sempre ali, perto de nós.
Nas décadas de 60 e 70 eu vi e participei da luta das mulheres para terem voz e vez na sociedade, para serem reconhecidas no mercado de trabalho, para serem vistas além daquele ser submisso e atrelado apenas às tarefas do lar. As mulheres, em massa, ingressavam nas Universidades, pegavam seu diploma e saiam à luta. E, como não poderia deixar de ser, a família tradicional teve que se adaptar a isso. O estereótipo da mãe mudou!
A mãe de hoje tem que, literalmente, se "virar nos 30". É profissional, é companheira, é mãe e, muitas vezes, tem que ser pai também. Não é fácil! Mas a mulher moderna provou que pode circular em todas essas áreas e muito bem. Se as mães de antigamente pareciam envelhecidas precocemente, pela falta, com certeza, da tecnologia da beleza, a mãe de hoje é superjovem aos 50 anos. Diariamente fatos e fotos estão aí para provar: lá vai ela para a academia no escasso tempo que lhe sobra, lá está ela nas ruas de salto e batom ou de jeans e tênis e, se for preciso, não recusa uma ida ao analista, porque ninguém é de ferro!
Mas, enfim, sejam as mães de ontem, sejam as mães de hoje, todas têm uma coisa permanentemente em comum: o amor sublime que dedicam aos filhos. Diferenças ou similitudes à parte, esta crônica é uma homenagem à todas elas, não apenas pelo dia estabelecido como "dia das mães", porque das mães são todos os dias. Parabéns, mulheres guerreiras!                                                                                                                                            Giustina   
                                                                                                                  (imagens Google)        
Giustina
Enviado por Giustina em 06/05/2014
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