"O CONTADOR DE HISTÓRIAS" (O FILME)

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No Brasil de tantos impostos, o ensino público de qualidade não é uma prioridade. Isso é o que provou a história de Carlos Roberto Ramos, protagonista do filme “Contador de Histórias”, que o conheci quando fomos receber das mãos do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, os prêmios cultural, educacional e de direitos humanos do SCV, quando o Brasil comemorava os 500 anos de independência de Portugal.

Várias comemorações foram programadas no Governo e tive o privilégio de sentar ao lado do Contador de Histórias, e da ganhadora nacional do prêmio de Direitos Humanos do Serviço Civil Voluntário, aluna do Amazonas, Eu, como diretor regional norte do SEST/SENAT, a aluna do SCV e o contador de história mineiro Carlos Roberto Ramos sentamos na mesma fileira e troquei rápidas palavras com o homenageado que receberia em seguida o prêmio Educacional por ter retirado das ruas, com suas histórias, outros meninos que também viviam nas ruas. Projeto Serviço CivilVoluntário -SCV fora um dos melhores projetos governamentais desenvolvidos pelo Governo FHC;

Sentei ao lado de Carlos Roberto Ramos e conversamos por rápidos momentos, quase sussurrando, mas não sabia que a história da pedagoga francesa que o retirou da Febem e o transformou pela perseverança, carinho, muito amor e doação plena a um ideal de transformar uma realidade, também havia sida transformado em filme. Nem imaginava isso e ele também nada falou, mas observei que o “contador de histórias” era um moreno forte, me contou que tinha se formado em pedagogia, falava o francês e tinha pós-graduação, e que também receberia um prêmio por ser contador de histórias no Projeto SCV. Também era bem-falante. uma excelente pessoa e de bom caráter. Trocamos ideias sobre a vitória a nível nacional que a aluna do Amazonas teve no SCV. Me pareceu uma pessoa simples, responsável e centrado. Acreditava como eu acredito que a Educação de qualidade pode transformar a vida do ser humano.

O filme narra um início de difícil relacionamento com a pedagoga francesa, que o levou para morar com ela naquele país, se transformou em uma troca de amor, carinho por uma amizade duradoura, mas a educadora francesa não pode vir à sua formatura como pedagogo também porque sua tutora já havia falecido. Reconstruiu e constituiu sua família, conheceu sua mãe que participara de um assalto a um banco junto com Carlos Roberto Ramos, mas este ficara para trás porque era menor e seria transformado em “doutor” na Febem. Calos Roberto Ramos se transformou em doutor sim, mas não pela publicidade da Febem, mas pelo apoio de uma francesa que o conheceu sendo recapturado mais uma vez e anunciou que fugiria de novo e cumpriu, sendo reencontrado pela pedagoga francesa tomando banho no chafariz, em uma Praça no Centro de Belo Horizonte.

O que mais me impressiona na história de Carlos Roberto Ramos é a certeza de que a educação no Brasil continua sendo negligenciada com péssimas escolas, reajuste do Imposto de Renda que não valoriza o gasto que os pais dos alunos têm para colocar seus filhos, sendo necessário uma pesquisadora da França vir ao Brasil para ensinar que Roberto Carlos entrou na faculdade, se formou em pedagogia e fez carreira como contador de Histórias. Enquanto isso, o Brasil faz propaganda dizendo que o ensino está cada vez melhor, mas como se o ensino de qualidade é caro e não permite ser descontrato no imposto de renda nem em sua metade. Hoje, um curso médio em Escola de qualidade chega a ser mais caro do que um curso superior de razoável qualidade, sem contar com o preço dos materiais didáticos, que estão excessivamente caros. Nada disso, porém, pode ser descontado como despesa educacional no Imposto de Renda, provando que a Educação não é uma prioridade no Brasil!

Já seria uma grande ajuda para todos os que desejam educar seus filhos

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 04/05/2014
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